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Semifinalista no Premier de Cincinnati, Naomi Osaka adere aos protestos contra o racismo e desiste do torneio


A tenista japonesa Naomi Osaka, que havia batido a estoniana Anett Kontaveit de virada nesta quarta-feira (26), para garantir uma vaga na semifinal do Premier de Cincinnati, anunciou nesta noite a sua desistência do torneio. Isso faz parte da adesão ao boicote esportivo pedindo igualdade racial, após um cidadão estadunidense negro chamado Jacob Blake, ter levado sete tiros da polícia de  Kenosha, no estado de Winscosin, no último final de semana, ao tentar apartar uma briga de mulheres na rua.

Osaka, campeã do US Open de 2018 e do Australian Open de 2019 e atual número 10 do ranking mundial, revelou sua decisão pelas redes sociais e seguiu o que foi feito na tarde desta quarta pela NBA e WNBA, as ligas masculina e feminina de basquete dos Estados Unidos, que adiaram os jogos desta rodada para que seus atletas pudessem se manifestar diante o atual cenário. 

Osaka disse em seu Twitter: "Olá, como muitos de vocês sabem, eu estava programada para jogar minha partida de semifinal amanhã. No entanto, antes de ser atleta, sou negra. E como mulher negra, sinto que há assuntos muito mais importantes em questão que precisam de atenção imediata, em vez de me ver jogar tênis. Não espero que nada drástico aconteça comigo sem jogar, mas se eu conseguir iniciar uma conversa sobre um epsorte majoritariamente branco, considero isso um passo na direção certa. Assistir ao genocídio continuado de pessoas negras pelas mãos da polícia está me deicando mal do estõmago. Estou exausta de ler uma nova hashtag aparecendo a cada dia e estou extremamente cansada de ter essa mesma conversa indefinidamente. Quando será o suficiente?", esclareceu a tenista. 


Osaka mostrou-se muito atuante na luta contra o preconceito, participando de protestos após a morte de outro cidadão negro, o ex-segurança George Floyd, que morreu após um policial branco se ajoelhar sobre seu pescoço por oito minutos.

Surte +: Atletas interrompem NBA e WNBA após novo caso de violência policial contra negros

Foto: Reprodução/Twitter

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