A treinadora Amanda Reddin, uma das principais profissionais da área na Grã Bretanha, vai se afastar temporariamente do esporte, enquanto ocorrem investigações para apurar denúncias sobre sua suposta má conduta. A informação foi confirmada pelo próprio órgão governante da modalidade no país.
“A investigação será concluída por um especialista externo independente e qualquer resultado será acionado imediatamente”, disse a British Gymnastics em comunicado. “Nossos processos e investigações também serão examinados pela revisão independente".
Porém, Reddin negou as acusações: “Eu refuto totalmente essas alegações, é errado que minha reputação dentro do esporte que eu amo esteja agora sujeita a um julgamento pela mídia em vez de passar pelos processos adequados".
“Eu gostaria que as alegações fossem submetidas à revisão independente sobre supostos abusos na ginástica para garantir que a integridade do processo seja protegida para atletas e treinadores”.
No mês passado, a entidade por meio de sua executiva-chefe, Jane Allen, revelou uma revisão independente das denúncias registradas pelas ginastas olímpicas Becky e Ellie Downie. Elas relataram sofrer com o comportamento abusivo no treinamento de ginástica há muitos anos.
Duas ginastas fizeram acusações de maus-tratos por parte de Reddin, de acordo com a BBC.
Já a medalhista de bronze no solo durante a Rio 2016, Amy Tinkler, disse na última terça-feira (25), que Reddin foi uma das treinadoras que ela apresentou queixa em dezembro do ano passado.
No entanto, na semana passada ela soube que suas reclamações foram desconsideradas e o seu caso foi encerrado. “Isso reforçou o meu medo e o de todas as ginasta, de que suas queixas não sejam tratadas de forma justa e independente”, publicou Tinkler nas redes sociais.
“É por isso que não falamos. É por isso que sofremos em silêncio. Sabemos que falar abertamente é uma tarefa inútil, que acaba com a carreira”, disparou.
Foto: British Gymnastics
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