Na última quinta-feira (27), a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) anunciou a saída do neozelandês Reuben Samuel do cargo de treinador da seleção brasileira feminina. William Broderick, que já atuava na equipe técnica do Alto Rendimento da entidade, é o novo técnico.
“Tivemos que optar pela substituição do treinador por motivos de austeridade. Agradecemos imensamente ao Reuben pelo ilustre trabalho realizado e pelos excelentes resultados obtidos nesses quase 4 anos na liderança das Yaras. Com certeza deixa um legado importante para nós”, comenta o CEO da CBRu, Jean-Luc Jadoul. Reuben conduziu a Seleção Feminina em valiosos momentos: conquista de diversos títulos Sul-Americanos, vitória do qualificatório para o Circuito Mundial, em 2019, e a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, também no ano passado, entre outros. Fernando Portugal, head coach da CBRu, acrescenta: “São muitos os desafios que estão em jogo quando um treinador aceita fazer parte de um projeto assim: ficar longe de casa, dos familiares e se conectar a uma nova cultura e a um novo propósito. E, neste sentido, o Reuben entregou todo o seu tempo, conhecimento e disposição. Agradeço muito a ele por tudo que fez.”
O neozelandês, que atuou anteriormente junto à equipe das Black Ferns em sua terra natal, ingressou em 2016 na CBRu como treinador das Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina. Ao longo desses anos, o treinador liderou a equipe em resultados importantes, como a conquista da vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio e no Circuito Mundial, deixando a equipe entre as 12 melhores do mundo.
O novo técnico William Broderick comandou a equipe Band Saracens na conquista do título inédito do Super Sevens Feminino de 2019. Também no ano passado ele fez sua última temporada como atleta no Band Saracens. Broderick tem 27 anos e é natural de Chester, um vilarejo rural no noroeste da Inglaterra. Começou a jogar rugby aos cinco anos no Winnington Park, clube pelo qual atuou até os 21 anos, exercendo também o papel de treinador. Após passagens pelo Sale Sharks, na Inglaterra, e como treinador na Nova Zelândia, o inglês chegou ao Brasil em 2014, em programa da Premiership Rugby, com o intuito de auxiliar no desenvolvimento do rugby brasileiro. Aqui, defendeu o Lechuza, de Sorocaba, e depois o Band Saracens, na capital paulista, onde já foi jogador, preparador físico, treinador e auxiliou o time na busca por recursos financeiros com patrocinadores. Além disso, já jogou e atuou como treinador no Rio Branco.
Na Seleção Brasileira, começou como jogador em 2016 e fez sua estreia diante da Bélgica, na primeira vitória dos Tupis na Europa, na Gira de 2017. Entre outros jogos, Broderick esteve com o Brasil na conquista do Campeonato Sul-Americano de 2018. Ingressou na parte técnica como treinador voluntário e tornou-se analista de vídeo da equipe juvenil. Posteriormente, assumiu como treinador dos backs e também como analista de vídeo da franquia Sul-Americana do Brasil na SLAR. “Optamos por alguém formado dentro do Alto Rendimento do Brasil. William tem conhecimento, capacidade e está alinhado com os valores que queremos fortalecer dentro do nosso sistema. Tem um lindo e desafiador objetivo pela frente, mas não estará só. Temos um grande staff que o apoiará, assim como a todas as atletas”, destacou Fernando Portugal.
Foto: Icaro Leal/Divulgação
1 Comentários
Quando volta as competições nacionais de Rugby no Brasil ...
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