Foi um sábado difícil para os favoritos nas quartas de final de Roma, que ou sofreram para vencer, como Novak Djokovic e Karolina Pliskova ou que foram eliminados, caso de Rafael Nadal, Matteo Berrettini e Elina Svitolina. Com os resultados de hoje (19), A ATP terá um novo top10: Dennis Shapovalov assegurou provisoriamente a vaga e só poderá ser ultrapassado em caso de título de Diego Schwartzman, que conquistou uma vitória magistral sobre Rafael Nadal.
Menos felicidade teve a brasileira Luisa Stefani e a norte-americana Hayley Carter, que foram derrotadas pelas principais favoritas ao título Hsieh Su-Wei, de Taiwan, e Barbora Strycova, da República Tcheca, em sets diretos, parciais de 7-5 e 6-4. De qualquer maneira, Stefani e Carter terão melhores marcas da carreira na segunda: 33º e 31º ou 35º e 33º, dependendo do resultado da final.
Elas saíram em desvantagem de 5-0 na primeira parcial e conseguiram empatar o jogo, mas as adversárias conseguiram enfim fechar o set em 7-5. O segundo set foi mais disputado e enquanto a dupla americana quebrou o serviço das adversárias por duas vezes, foram quebradas outra três.
A principal dupla da temporada enfrenta a alemã Anna-Lena Friedsam e a romena na final Raluca Olaru. Pela final de duplas masculinas o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos, cabeças 4, enfrentam os franceses Jeremy Chardy e Fabrice Martin.
Pelo torneio masculino, Matteo Berrettini, cabeça 4 e 8º melhor do mundo era o último italiano vivo nas chaves do torneio, mas foi derrotado de virada para o norueguês Casper Ruud, em parciais de 4-6, 6-3 e 7-6[5]. O italiano desperdiçou uma vantagem de 5 a 3 no tie break. Ruud, 34º do mundo, será o 30º na segunda, melhor ranking de sua carreira, e assegurou condição de cabeça de chave em Roland Garros.
Depois, o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, foi surpreendido pelo alemão Dominik Köpfer que endureceu o jogo enquanto pode, mas enfim, foi derrotado por 6-3, 4-6, 6-3. Atual 97º do ranking, ele sobe para o 66º lugar, sua melhor marca da carreia e já dentro da classificação olímpica.
Ruud e Djokovic se enfrentam em confronto inédito no circuito. Enquanto Djokovic tenta levar seu 36º título de Masters 1000 e assumir a liderança nas estatísticas - ele e Nadal tem 35 taças - Ruud pode subir para a 23ª posição em caso de uma vitória inesperada e 16º se for o campeão.
O canadense Dennis Shapovalov (14º) e o búlgaro Grigor Dimitrov (22º) fizeram uma partida equilibrada e o cabeça 12 venceu o 15º favorito por 6-2, 3-6 e 6-2. Shapovalov assume provisoriamente o 10º lugar, e de qualquer maneira também alcança a melhor posição na história do ranking da ATP. Já Dimitrov, antigo top-3 volta ao 19º posto.
Ele teria assegurado o top10 inédito se Rafael Nadal vencesse. E contrariando todas apostas (algumas davam 16 por 1), o argentino Diego Schwartzman, habitual freguês do número 2, fez o jogo de sua vida para bater o touro de Miura por 6-2 e 7-5 em 2 horas e 3 minutos, não sem nervosismo.
‘El Peque’ quebrou o saque de Nadal em 4-3, mas foi quebrado em sequência. Depois nova quebra no serviço do espanhol, desta vez em 0, e ele sacou para o jogo em 5-4. Mas o braço encurtou e foi quebrado de 0, em 5-5. Quando parecia que o jogo viraria para o vice-líder do ranking, o argentino fez um game exemplar e quebrou novamente.
No décimo segundo game, Nadal pareceria que levaria ao tie-break quando abriu 15-30 mas Schwartzman fez três pontos seguidos, para soltar o grito merecido após converter o único match point e selar a primeira vitória em 10 confrontos.
Diego Schwartzman e Dennis Shapovalov não só compartilham as mesmas iniciais mas buscam o inédito top10 e o primeiro título de Masters. Enquanto o argentino alcança apenas sua segunda semifinal neste nível - a outra foi justamente em Roma de 2019 - Shapovalov jogará sua quinta semifinal e já foi vice em Paris 2019.
Uma vitória de Shapovalov o levará ao 9º lugar e a condição de cabeça 8 em Roland Garros - enquanto Schwartzman só ganha pontos a partir de agora: uma final o levará ao 13º e um eventual título o levará ao 9º lugar, no que seria uma inédita incursão ao top10.
Pelo torneio feminino, Simona Halep (2ª), principal favorita do torneio, não teve trabalhos para vencer a cazaque Yulia Putintseva (30ª) por 6-2 e 2-0, com abandono da rival.
Na semifinal ela enfrentará a espanhola Garbine Muguruza (17ª), cabeça 9, em duelo de campeãs de Roland Garros (a romena em 2018 e a espanhola em 2016. Será o sétimo confronto, com vantagem para Muguruza, de 4 a 2, incluindo o mais recente - na semi do Aberto da Austrália este ano - e o maiss recente no saibro - semi de Roland Garros em 2018.
A espanhola virou um jogo duro contra Victoria Azarenka, de Belarus, que está em ótima fase, por 3-6, 6-3 e 6-4, chegando a estar atrás no terceiro set. Ambas buscam o primeiro título no Premier de Roma. Halep foi vice em Roma em 2017 e 2018 e busca o primeiro título no torneio italiano, enquanto Muguruza caiu na semi de 2016 e 2017.
Elina Svitolina (6ª), quarta favorita e campeã em 2017 e 2018 no torneio de Roma foi presa fácil para a tcheca Markéta Vondrousová (19ª), cabeça 12 e vice-campeã de Roland Garros em 2019, perdendo por 6-3 e 6-0. Apesar disso, ela deve uma posição com a semi e só sobe nos ranking sem caso de vitória. Apesar da derrota, a ucraniana subiu para o 5º lugar e será cabeça 3 em Roland Garros.
Segunda principal favorita, a tcheca Karolina Pliskova (4ª) teve dificuldade diante da belga Elise Mertens (20ª), cabeça 11, mas aplicou um pneu para ir à semi, com vitória por 2 sets a 1, parciais de 6-3, 3-6, 6-0. A tcheca é a atual campeã de Roma e não somará pontos, mas busca uma boa preparação para enfim conquistar um Grand Slam, na França.
0 Comentários