A rainha Marta se pronunciou após o anúncio de que a CBF passará a igualar o valor de premiações e diárias de jogadores da seleção masculina e feminina de futebol. Em entrevista a CNN, a seis vezes eleita melhor jogadora do mundo celebrou o feito e só lamentou que ele tenha demorado tanto a acontecer, o que fez várias jogadoras não conseguirem extrair todo o seu potencial por estarem lutando por melhores condições:
"No começo da minha carreira, muitos consideram o futebol um esporte exclusivamente masculino. Entre 2004 e 2011, tivemos atletas como Pretinha, Roseli, Sissi, Katia Cilene, Daniela Alves, enfim... Conseguimos bons resultados, mas não foi o suficiente para começar a mudar o cenário do futebol feminino. Perdemos muito tempo na questão de explorar a imagem do futebol feminino por um lado positivo, para empoderar as mulheres e crianças a praticarem o esporte" argumentou
A atacante de 34 anos, no entanto, disse que sente "gratidão" pelas transformações que está vendo agora: "A gente fica super feliz [com essa notícia]. Independente de ter vindo cedo ou tarde, é melhor do que nunca. É importante aproveitar o momento e dar continuidade a um trabalho que atletas e ex-atletas começaram há muitos anos atrás. Estamos colhendo os frutos agora".
Marta frisou que a igualdade de salários entre homens e mulheres no futebol é importante para que as atletas possam conseguir se dedicar inteiramente ao esporte. E mesmo que os salários não sejam equiparados, que eles sejam pelo menos mais próximos:
"A gente vê isso no masculino também. Nem todos ganham como o Neymar. Ele tem um destaque maior, e por isso ganha mais, é claro. O que a gente procura é fazer com que essa diferença não seja tão enorme, que o que as atletas ganham possam dar uma tranquilidade maior a elas", concluiu
foto:Phil Noble/Reuters
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