Foi diante de um estádio lotado em Nova York que Edson Arantes do Nascimento encerrou sua carreira como jogador de futebol, em 1979. Três vezes campeão do Mundo com a Seleção Brasileira e duas vezes com o Santos, dono de 1282 gols e centenas de jogadas inesquecíveis, o maior atleta do século 20 virou rapidamente um ícone pop e ajudou a construir a imagem que o mundo inteiro tem do Brasil. Para mostrar esse ícone às gerações que não o viram jogar, o Museu do Futebol reabre no dia 15/10 (quinta-feira) com a exposição Pelé 80 – o Rei do Futebol, com curadoria do cenógrafo Gringo Cardia. A venda de ingressos será feita exclusivamente pela internet (mais detalhes abaixo).
Pelé 80 – o Rei do Futebol é uma exposição lúdica, que busca transpor a imagem do Rei para uma visualidade universal e contemporânea: logo na entrada do museu, uma enorme escultura de Pelé convida o público para selfies e fotos antes de seguir para a sessão do filme criado por Gringo Cardia especialmente para a exposição.
Toda a trajetória de Pelé é contada por meio da montagem e animação de 444 imagens históricas, que cobrem desde os primeiros anos de Pelé em Três Corações, interior de Minas Gerais, até a conquista da fama mundial na Copa de 1958; os 18 anos defendendo o Santos Futebol Clube; a consagração definitiva na Copa de 1970; e o último jogo pelo Cosmos, de Nova York.
Várias instalações são pensadas para conquistar o público jovem: na Pelé Menino, um ator interpreta o futuro Rei do Futebol falando com outras crianças sobre sua infância. Entre as telas, uma caixa de engraxate simboliza os anos de pobreza que Pelé enfrentou quando criança antes de começar a se destacar como jogador, muito cedo, ainda aos 10 anos de idade. Já em Kevinho e o Rei, uma performance do MC Kevinho, adorado pelo público jovem, conta a história de Pelé em ritmo de funk.
Em seguida, os visitantes serão chamados a participar do Quiz Game Pelé Eterno. O jogo apresentado virtualmente por Marcelo Adnet desafia o público a responder perguntas sobre a carreira do Rei, com base em trechos do filme “Pelé Eterno” de Aníbal Massaini. Mais brincadeiras acontecem no Jogo Adivinhação e no Jogo das Palavras, que também apresentam fatos e histórias sobre Pelé a partir de imagens e perguntas.
Todos os conteúdos interativos da exposição serão acionados a partir dos celulares do público, evitando contato com botões e telas. Antes de iniciar a experiência, cada visitante faz um check-in na plataforma de interação, a partir de um QR Code, e passa a controlar as brincadeiras na tela do próprio telefone. Quem não tiver celular terá ajuda dos orientadores e educadores do Museu.
Na instalação Grandes Jogadas, o público poderá escolher entre 10 dos gols mais famosos de Pelé para assisti-lo na forma de partidas de futebol de botão, evidenciando sua visão tática fora do comum. Já na instalação O Brasil ama o Rei Pelé, o público poderá assistir a depoimentos de 35 celebridades que são fãs do jogador, como o desenhista Maurício de Souza, os músicos Chico Buarque, Samuel Rosa e Zeca Baleiro, o técnico Tite, a jogadora Marta e ex-jogador Dadá Maravilha, os jornalistas Pedro Bial e Caco Barcellos, entre outros.
Finalmente, a instalação As Quatro Seleções de Pelé homenageia os times nacionais em que ele fez história, junto com dezenas de outros craques. E no túnel que dá acesso ao gramado, uma instalação sonora conta a história da relação entre Pelé e o Pacaembu – ambos nascidos em 1940, completam juntos seus 80 anos nesse 2020.
Programação cultural online
O Museu do Futebol também preparou uma extensa programação cultural online para aprofundar e ampliar aspectos da exposição para o público. Por meio das redes sociais do museu, serão debatidas questões como racismo no esporte, aspectos da técnica de Pelé e sua carreira internacional. A agenda será divulgada no site e nas redes sociais do Museu.
Foto: Ciete Silvério
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