Indicado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), o professor Leonardo Mataruna dos Santos foi selecionado na última quinta-feira (12) pela Agência Mundial Antidoping (WADA, em inglês) para integrar o Comitê de Educação da principal instituição de combate ao doping no esporte no mundo.
Ao longo dos próximos três anos, o brasileiro terá a função de recomendar e orientar a gestão da WADA com relação a estratégias e atividades de educação de curto e longo prazo; sugerir materiais educacionais eficazes nas mensagens antidopagem para educação global; buscar parcerias eficientes com stakeholders para evitar o uso de substâncias ilícitas; e dar pareceres sobre materiais criados para campanhas mundiais.
“Compor a Comitê de Educação da WADA é ter o dever de ajudar instituições ao redor do mundo a desenvolver programas, iniciar pesquisas e avançar com mecanismos eficazes na luta antidopagem”, afirmou Leonardo Mataruna, que é professor doutor da Canadian University of Dubai e professor associado da UFRJ.
Depois da indicação de representação do país pelo COB, Mataruna passou por um processo de seleção global que levou em consideração o currículo profissional, a experiência de ensino e pesquisa, a vivência no campo prático do esporte, as contribuições para o combate antidopagem, a produção do conhecimento em publicações científicas e conhecimentos a respeito da diversidade cultural e social do esporte em diferentes países. Ao final do processo, o brasileiro foi julgado por uma comissão composta pelo presidente da WADA, Witold Banka, pelo Diretor Geral da WADA, Olivier Niggli, e a pela Diretora do Comitê de Educação e Pesquisa da WADA, Kadidiatou Tounkara.
“A posição no Comitê de Educação da WADA é voluntária e sem remuneração, mas exige um altíssimo grau de comprometimento e dedicação pela condição de embaixador mundial da antidopagem em todos os países com ações físicas e digitais”, disse Leonardo.
A favor da candidatura do brasileiro pesaram pontos como as experiências como consultor da UNESCO e como coordenador de sessões educativas da Academia Olímpica Internacional e fato de ser Membro das Academias Olímpicas do Brasil, México e Portugal, além da participação em delegações de esportes olímpicos e paralímpicos desde 2000.
“O Brasil, sem dúvidas, é um país que combate fortemente a dopagem. O COB, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, a Comissão Desportiva Militar do Brasil, além de outras instituições, já usam abordagens educativas para combater o problema. Entretanto, ainda há muito por avançar visto que a primeira experiência de um atleta com antidoping deve ser através da educação, em vez do próprio controle de doping”, analisou Mataruna, que já explicou quais serão algumas das ações tomadas no exercício do novo cargo. “Importante poder estar junto aos atletas em competições e treinamentos para valorizar o jogo limpo. Poder dividir propostas de orientação para a educação antidopagem com as federações, confederações, clubes e escolas no Brasil e no mundo estão como parte da agenda”, completou.
Foto: Divulgação
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