A FIFA aplicou uma suspensão de cinco anos para o presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Ahmad Ahmad. De acordo com investigações do Comitê de Ética independente da entidade, ele está envolvido em casos de corrupção como apropriação indébita de fundos, má gestão, além de aceitar e receber presentes e benefícios, abusando do poder de seu cargo.
As primeiras denúncias surgiram em março de 2019, quando o ex-secretário-geral da CAF, Amr Fahmy, que faleceu neste ano, apresentou à FIFA um documento com provas de que Ahmad havia ordenado pagamentos de US$ 20 mil em proprina para presidentes de federações africanas da modalidade.
A investigação revela ainda que Ahmad gastou US$ 830 mil em equipamentos esportivos comprados com uma empresa intermediária francesa chamada Tactical Steel, que negou qualquer tipo de irregularidade em suas licitações com a CAF.
Entre outros crimes citados no documento, consta a acusação de que Ahmad violou estatutos para aumentar o número de marroquinos dentro da CAF, além de gastar US$ 400 mil dos cofres da entidade com carros no Egito e em Madagascar, seu país natal.
O dirigente de 60 anos comanda a CAF desde 2017 e era candidado a um segundo mandado na entidade. Ele já tinha sido colocado sob custódia policial por suspeita de corrupção em junho de 2019, em Paris.
Além do banimento, Ahmad recebeu também uma multa de US$ 200 mil. Ele pode recorrer da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).
Foto: Ludovic Marin/AFP
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