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Após temporada na Itália, esgrimistas Athos Schwantes e Bia Bulcão retornam ao Brasil





Eles têm um sonho em comum: disputar mais uma Olimpíada, em Tóquio, no ano que vem. Athos Schwantes e Bia Bulcão estavam na Itália, passaram pela Missão Europa e agora retornam ao Brasil para o final de um ano turbulento, onde jamais se imaginaria encontrar tantas dificuldades. Mas, depois de superar tantos obstáculos, a preparação em alto nível pode fazer a diferença na busca pela vaga. 


Bia já está acostumada a treinar na Itália. Passa a maior parte do ano treinando no Frascati Scherma, próximo de Roma. Nesta temporada, tudo foi diferente. Saiu em março, com a pandemia no auge, e só voltou em setembro, com diversos protocolos de segurança estabelecidos. E considera que o período foi bem proveitoso. 


“Acho que foi um bom período, pois pude treinar bastante. Não é todo lugar que está liberado para treinarmos. Foi um privilégio. Primeiro em Portugal, depois na Itália, onde pude recuperar o ritmo dos treinos. Tem outro ritmo, com atletas de alto nível. Já estou fazendo alguns ajustes técnicos importantes. Consegui me concentrar em algumas coisas que não estava fazendo tão bem, agumas mudanças. Foi mais um passo e vou poder trabalhar mais nesta volta ao Brasil”. 


Athos, por sua vez, treina em Curitiba, na Academia do Mestre Kato. Em investimento feito pela Confederação Brasileira de Esgrima, passou um mês em Roma, ao lado de Fabrizio Lazaroto e Alexandre Camargo, onde se preparou para as disputas decisivas que terá no primeiro semestre de 2021.


“A gente começou com o estágio na Missão Europa e foi muito bom. Todas as medidas de segurança, parecia que estávamos nos Jogos Olímpicos, com toda a estrutura. E depois, demos continuidade na Itália, com mais um mês de Roma. Isso foi bom, pois conseguimos dar um foco maior na esgrima. Era um dos cinco esportes em que era possível treinar na Itália durante a pandemia. O Paolo Pizzo, esgrimista italiano, veio treinar na nossa sala e tive a oportunidade de treinar com ele. É sempre muito bom ter pessoas que conseguem exigir o nosso máximo num combate. Sem contar as aulas do mestre Filippo Lombardo. Tenho certeza de que isso vai surtir efeito no Pré-Olímpico”, relata Schwantes.


Foto: Saulo Cruz/COB

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