O saltador Alexsandro Melo esbanja planos e confiança para 2021. Afinal, apesar de todas as limitações impostas pela pandemia global da COVID-19, conseguiu vitórias importantes, títulos e resultados expressivos em 2020, além de ter se recuperado de uma lesão no periforme, um músculo da região do quadril, que o atrapalhou por dois meses.
Qualificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio no salto triplo, Bolt, como é conhecido no meio atlético, busca também o índice do salto em distância (8,22 m). “Fiquei muito feliz com as marcas do ano passado, que foi complicado para todos os atletas. Tive de passar três meses em Londrina, adaptando os treinos, e depois tive de superar uma lesão nas costas”, lembrou o atleta de 25 anos. “No final, tudo se acertou e estou muito motivado”, prosseguiu Bolt, que terminou a temporada em 7º lugar no triplo, com 17,10 m (i), e em 11º no distância, com 8,16 m (1.1), segundo o Ranking Olímpico da World Athletics, divulgado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Nascido a 29 de setembro de 1995, em Londrina, Alexsandro é treinado por Neilton Moura. Empolgado com o final da temporada, quando venceu as duas provas no Troféu Brasil Caixa de Atletismo, encerrado no dia 13 de dezembro, em São Paulo, ele tirou apenas uma semana de descanso, aproveitando para visitar seus familiares no Paraná. Antes do Natal, já estava de volta a São Paulo para os treinos.
“Estou muito feliz com o Ranking Olímpico. É bom estar forte nas duas provas. Treinando muito e contando com o apoio de algumas pessoas que me ajudam nesse processo. Estou muito focado. Quero chegar bem nas duas provas. Tenho índice no triplo e quero melhorar minhas marcas, conseguir índice também no distância. Meu objetivo é trazer uma medalha para o Brasil de Tóquio”, afirmou, aliviado com a recuperação da lesão. “Foram dois meses puxados. Sentia dor em qualquer movimento que fazia. Agora estou zerado. Estou fazendo o fortalecimento muscular para que os problemas não voltem. Este ano promete.”
Os recordes pessoais de Bolt são de 17,31 m (0.4), obtido em 2019, em Cochabamba (BOL), e de 8,19 m (1.9), alcançado em 2018, em Bragança Paulista (SP). Em pista coberta, tem 17,10 m e 8,08 m, registrados na conquista das medalhas de ouro no primeiro Campeonato Sul-Americano Indoor, realizado em fevereiro de 2020, em Cochabamba.
No Troféu Brasil, conseguiu duas vitórias importantes e comemorou. “Sou o quarto atleta na história a vencer as duas provas na mesma competição”, disse, referindo-se a João Carlos de Oliveira, Jadel Gregório e João Muniz, seus antecessores na façanha.
Medalha de bronze no Ibero-Americano de Trujillo, no Peru, em 2018 (15,94 m) e na Universíade de Nápoli, na Itália, em 2019 (16,57 m), Bolt começou a se interessar por esporte aos 13 anos, após as Olimpíadas de Pequim-2008. Uma cena em especial despertou seu desejo ao ver Maurren Maggi emocionada após a conquista do ouro no salto em distância e abraçada a seu treinador Nélio Moura (irmão de Neilton). Começou em Londrina ao acompanhar uma prima que já era atleta.
O índice olímpico do atleta foi alcançado em julho de 2019 ao saltar 17,20 m no Meeting de Sotteville, na França.
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