O Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio publicou nesta quarta-feira (03) a primeira edição do "Playbook", um código de conduta que descreve as principais medidas a serem tomadas durante as Olimpíadas e Paralimpíadas para que ocorram de forma segura. Entre os principais pontos, está a quarentena antes e depois da chegada ao Japão e a limitação da estadia dos atletas na Vila Olímpica.
Base do planejamento estratégico dos organizadores para o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os Playbooks serão lançados em diversas edições, disponibilizado periodicamente para cada uma das diferentes áreas envolvidas no megaevento. Após a conclusão dos lançamentos iniciais, os guias receberão atualizações de acordo com o desenvolvimento da pandemia, previstas para acontecerem em abril e junho.
De acordo com a primeira cartilha, disponibilizada nesta quarta, os participantes e envolvidos nos Jogos iniciarão o procedimento de segurança 14 dias antes de chegarem ao Japão, período em que irão monitorar suas temperaturas corporais e suas condições físicas. Caso não sintam sintomas da Covid-19, deverão apresentar testes negativos em até 72 horas antes de embarcarem ao país-sede.
Durante a viagem, a instrução é de promover o distanciamento social nos aeroportos. Ao chegarem no Japão, os atletas e funcionários passarão por uma nova bateria de testes e, logo em seguida, serão solicitados a passar por mais 14 dias de isolamento. Durante o novo período, só será permitido deixar as acomodações do hotel para ir a arenas e uma lista limitada de locais. Utilizar transporte público, ir a bares ou restaurantes ou encarar atividades turísticas não será permitido.
Caso algum teste positivo seja detectado, o infectado deverá imediatamente informar a organização e ser isolado. Entre outras medidas, os atletas deverão se higienizar constantemente, terão sua estadia na Vila Olímpica limitada, sendo restritos a socializarem fora da "bolha" - além das arenas - e precisarão obrigatoriamente baixar aplicativos em seus smartphones que rastreiam suas localizações.
Há uma seção específica para as vacinas na primeira edição do Playbook. Os organizadores deixam claro que elas não serão obrigatórias para participação nos Jogos, mas encorajam atletas, membros dos comitês olímpicos nacionais e técnicos a tomarem quando lhes for disponível.
As medidas contidas nos livros foram desenvolvidas em conjunto pelos Comitês Organizador, Olímpico Internacional (COI) e Paralímpico Internacional (IPC), com supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir da força-tarefa criada pelos organizadores em 2020, que observou o desenvolvimento da pandemia durante o ano passado.
Além de um olhar geral sobre a crise sanitária global nos diversos setores da sociedade, a força-tarefa também tomou ensinamentos da organização dos grandes eventos esportivos internacionais realizados em meio à pandemia, como a NBA, a UEFA Champions League e, mais recentemente, o Mundial de Handebol.
As federações internacionais serão as primeiras a receber a cartilha, em 05 de fevereiro; as emissoras televisivas, donas dos direitos de transmissão, receberão suas instruções no dia 08; logo em seguida, será a vez de atletas e técnicos, em 09 de fevereiro; e, por fim, a imprensa encerrará a primeira remessa dos Playbooks no dia 10.
Foto de capa: Reprodução
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