O governo do Japão estendeu nesta terça-feira (02) o estado de emergência vigente em Tóquio e em outras nove prefeituras metropolitanas até 07 de março, indo um mês além do inicialmente previsto. Apesar da manutenção das restrições a algumas atividades no país, os organizadores da Olimpíada de Tóquio voltaram a afirmar que os Jogos acontecerão "independentemente da Covid-19".
"Nós vamos receber a Olimpíada, independentemente de como o coronavírus estiver. Nós devemos considerar novas formas de receber a Olimpíada", disse o presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Yoshiro Mori, em entrevista coletiva, de acordo com a Reuters.
Durante o estado de emergência, em vigor na capital japonesa desde 07 de janeiro, o horário de funcionamento de alguns serviços não essenciais é limitado para evitar um maior fluxo de pessoas nas ruas. A população é instruída a sair de casa somente em ocasiões urgentes, com empresas adotando o sistema home office e com bares e restaurantes sendo solicitados a fecharem mais cedo.
O número de casos de coronavírus sofreu uma queda drástica desde que o estado de emergência foi implementado. Tóquio teve seu pico de infecções justamente em 07 de janeiro, com 2.447 registros. Quase um mês depois, na segunda-feira, este número foi reduzido para 393. Nesta terça, foram confirmados 556 novos casos.
Apesar da diminuição nas infecções, o decreto foi expandido em mais um mês porque os hospitais japoneses continuam lotados, segundo informou o primeiro-ministro Yoshihide Suga. Ainda de acordo com ele, as prefeituras que aliviarem a situação dos leitos mais cedo poderão deixar o estado de emergência antes mesmo de 07 de março.
"Graças às medidas e à cooperação do povo japonês, estamos começando a ver resultados claros", disse Suga em entrevista coletiva, de acordo com a agência Kyodo News. "Estamos pedindo a você que aguente um pouco mais para que possamos estabelecer com firmeza uma tendência de baixa nas infecções."
Suga também foi questionado sobre a possibilidade da Olimpíada ser realizada sem espectadores. Ele despistou e respondeu que a prioridade dos organizadores é entregar o megaevento de forma "segura".
Foto de capa: Takashi Aoyama/Pool via AP
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