As campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram nesta sexta-feira (26) o título da classe 49er FX na Regata Internacional de Lanzarote, competição disputada na Espanha que reuniu as principais velejadoras da disciplina. As brasileiras tiveram um desempenho muito regular em todas as provas disputadas e um terceiro lugar obtido na regata da medalha sacramentou a conquista do torneio.
Martine e Kahena foram dominantes e tiveram um total de 68 pontos perdidos nas 16 regatas "regulares" disputadas, incluindo as da flotilha de ouro. Elas venceram três provas e ficaram com o vice em outras quatro, tendo um 18º lugar como pior resultado (descartado). Juntando o desempenho na regata da medalha, em que a pontuação é dobrada, as brasileiras ficaram com 74 pontos.
A medalha de prata foi para os Países Baixos, com as campeãs mundiais de 2019 - em prova que Martine/Kahena foram vice -, Annemiek Bekkering/Annette Duetz, que tiveram 23 pontos a mais que as brasileiras.
O bronze ficou com as espanholas Tamara Echegoyen/Paula Barceló, com 99 pontos perdidos. Elas foram as vencedoras da medal race e cortaram uma bela arrancada na reta final da competição. A dupla estava em posições intermediárias até quinta-feira, quando emplacaram três top-5 seguidos e entraram no pelotão de cima.
Barceló/Echegoyan assumiram o lugar das dinamarquesas Ida Marie Nielsen/Marie Thusgaard, que já estavam consolidadas na segunda posição. Uma regata da medalha ruim, com um oitavo lugar, fizeram-nas sair do pódio e cair para a quarta colocação, com 100 pontos.
Olhando não só pelo pódio, vale destacar que a competição reuniu atletas do mais alto nível internacional na classe. Dos 18 países com um barco já garantido na Olimpíada de Tóquio, 17 enviaram força máxima para as Ilhas Canárias. A única exceção foi a Austrália, que optou por não enviar suas atletas por precauções à pandemia do coronavírus.
Além disso, o torneio, que também reuniu as disputas das classes 49er e Nacra 17, serviu como evento qualificatório aos Jogos Olímpicos para os países que ainda não possuíam velejadores garantidos naquelas provas. Na 49er FX, a Bélgica ficou com a vaga; na 49er, a Irlanda; e na Nacra 17, a Finlândia. A Tunísia também garantiu um barco na Nacra 17, preenchendo a cota africana.
Foto de capa: Divulgação/Sailing Energy
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