*Atualizada às 11h45
O Brasil tem um novo integrante em sua delegação olímpica de Tóquio-2020! E ele pode ser Vagner Souta, responsável pela classificação de um barco para o país na prova do K-1 1.000m da canoagem velocidade. A vaga foi garantida neste final de semana, após uma atualização do sistema qualificatório olímpico da modalidade, que indicou a realocação das cotas continentais que seriam distribuídas no Pan-Americano deste ano, cancelado pela Covid-19, para o Mundial de 2019.
O torneio continental estava programado para acontecer entre 08 e 11 de abril, em Curitiba (PR), e distribuiria vagas olímpicas em dez das 12 provas da canoagem velocidade. Sem muitas alternativas, a Federação Internacional de Canoagem (ICF) optou por não organizar um evento substituto e decidiu utilizar o Mundial de 2019 como critério continental de classificação olímpica.
A entidade decidiu que o melhor barco das Américas no Mundial, ainda não classificado a Tóquio-2020 na prova, garantiria a vaga. Mesmo tendo terminado em sexto lugar em sua bateria eliminatória, Vagner Souta ficou com a vaga no K-1 1.000m, pois marcou 3m36s64, tempo inferior aos seus rivais - o norte-americano Jesse Lishchuk, por exemplo, ficou em quinto em sua bateria, mas anotou 3m43s06.
Apesar da vaga na canoagem velocidade ser posse do país e, não do atleta, a tendência natural é que Vagner Souta seja escolhido pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) para representá-la em Tóquio-2020, já que ele venceu a primeira etapa da seletiva nacional, realizada ainda este mês, em Cascavel-PR, sua cidade natal.
Confirmando isto, ele se juntará a Isaquias Queiroz e Erlon Souza como outros canoístas olímpicos da modalidade. Aos 30 anos, o cascavelense deverá fazer sua segunda aparição olímpica, tendo participado da Rio-2016 como integrante do K-4 1000m. Ele é dono de três medalhas pan-americanas, incluindo um bronze no K-1 1000m de Lima-2019.
Se a realocação das vagas foi boa para Vagner, foi prejudicial para Valdenice do Nascimento, que terminou o Mundial na 12ª colocação no C-1 200m. Apesar de ser a melhor do continente não classificada, ela não obteve a vaga olímpica por conta de uma regra específica da ICF.
A entidade determinou que pelo menos três países ainda sem classificação deveriam estar na disputa pela vaga continental para que o critério continental fosse válido. No caso do C-1 200m, estavam inscritas inicialmente cinco atletas, mas três delas obtiveram vaga olímpica direta - as seis primeiras do Mundial se classificaram -, o que fez com que apenas a brasileira e uma guatemalteca sobrassem como postulantes à cota.
Neste caso, a vaga foi realocada à próxima canoísta mais bem ranqueada na competição, independentemente do continente, e a búlgara Staniliya Stamenova foi a felizarda. A mesma situação foi vista no K-2 500m e no C-2 500m, todos femininos, em que barcos da Áustria e do Japão, respectivamente, se classificaram.
Na canoagem slalom, estão classificados a Tóquio os brasileiros Ana Sátila (C1 e K1 feminino) e Pepê Gonçalves (K1 masculino). O Pan-Americano da modalidade, que também aconteceria no Brasil e serviria de pré-olímpico, foi cancelado. A realocação das cotas seguiu o ranking mundial e o Brasil, que buscava vaga no C1 masculino, não conseguiu a classificação.
Agora, o Brasil já tem 209 atletas garantidos nos Jogos Olímpicos de 2021, garantindo a sexta maior delegação de sua história. Você pode conferir todos os nomes já garantidos clicando aqui. A tendência é que esse número aumente neste final de semana, com a disputa de pré-olímpicos de diversas modalidades.
Foto de capa: Flávio Florido/Lima 2019
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