Após quase dois anos longe de competições internacionais, o Brasil participará da primeira etapa da Copa do Mundo de canoagem velocidade e paracanoagem da temporada, entre os dias 13 e 16 de maio, em Szeged, na Hungria. Os dez atletas inscritos na competição desembarcaram na Europa no último domingo (09) e já se preparam para as provas do final de semana.
Integram a delegação brasileira Isaquias Queiroz, Erlon de Souza, Jacky Godmann e Filipe Santana Vieira, que participarão das disputas da canoa; e Adriana Gomes de Azevedo, Debora Raiza Benevides, Fernando Rufino de Paulo, Luis Carlos Cardoso, Mari Santilli e Giovane Vieira de Paula, na paracanoagem.
O evento terá como principal objetivo avaliar os atletas brasileiros em relação aos concorrentes internacionais. Eles não competem internacionalmente desde setembro de 2019, quando participaram do Mundial, também em Szeged. "O nosso foco é Tóquio. Estamos aqui na Copa do Mundo e não temos como objetivo principal medalhas e sim um laboratório para a equipe", explicou o treinador Lauro César Júnior.
Para esta primeira etapa, houve uma mudança na estratégia. O parceiro de Isaquias Queiroz na prova do C2 1000m será o baiano Jacky Godmann, de 22 anos, dono de cinco medalhas de ouro sul-americanas. Erlon de Souza, parceiro já consolidado de Isaquias, está em um processo de recuperação de uma lesão no quadril e será poupado na disputa das duplas, só competindo no C1 1000m e no C1 500m.
Apesar de ser a primeira vez vão competir juntos no cenário internacional, Isaquias e Jacky se conhecem bem. Eles são parceiros de Flamengo e conquistaram, inclusive, o título brasileiro em 2019. "Vai ser muito bom poder competir com o Jacky. Ele é um bom atleta, treina com a gente há alguns anos e vai ser uma ótima experiência para a equipe do Brasil", falou Isaquias.
Paracanoagem brasileira em busca de vagas paralímpicas
Com uma delegação de seis atletas, a paracanoagem do Brasil embarcou para Szeged em busca de garantir mais cotas paralímpicas a Tóquio-2020. Ao todo, mais de 130 atletas de 37 países estarão na disputa. Adriana Gomes de Azevedo, Mari Santilli e Giovane Vieira de Paula querem carimbar seus passaportes.
Luis Carlos Cardoso, por sua vez, retorna ao palco onde se tornou campeão mundial no KL1 200m e se classificou para a Paralimpíada há dois anos. "Super ansioso para vivenciar toda a jornada que as competições internacionais proporcionam, como também, receoso para encarar esse novo normal”, comentou ele.
O desafio para toda a equipe brasileira foi ainda maior. Para evitar bloqueios em países europeus, a viagem foi mais longa e eles precisaram fazer escala em Doha, no Catar. Todos os competidores e equipe técnica ainda realizaram exames de PCR-RT, para identificação de infecção do coronavírus, antes do embarque.
Completam a lista os paracanoístas que já tem vaga para Tóquio-2020: Debora Raiza Benevides e Fernando Rufino de Paulo. Caio Ribeiro, medalha de prata em 2019 no VL3 Masculino 200m, não foi para a Hungria. Na canoagem velocidade olímpica, o Brasil tem três barcos garantidos, todos no masculino: C2 1000m, C1 1000m e K1 1000m. Na slalom, são dois atletas confirmados: Ana Sátila (C1 e K1) e Pepê Gonçalves (K1).
Foto de capa: Divulgação/CBCa
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