A seleção brasileira de skate segue seu cronograma intensivo de treinamentos na Califórnia, tendo em vista o Dew Tour, torneio que se inicia na próxima quinta-feira (20) e é uma das últimas chances dos atletas conseguirem pontuação no ranking para competir nas Olimpíadas. Esta última semana foi marcada pela junção das equipes de street e park nas sessões.
Após passar a primeira semana em Los Angeles, a seleção desceu até as cidades de Encinas e Vista, na região de San Diego, para seguir sua preparação e utilizou as instalações do Encinitas Skatepark. O local foi utilizado pelas duas seleções já que possui os dois tipos de pista.
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Participaram das sessões não apenas os atletas mais bem colocados no ranking, mas também os em posições inferiores, que entrarão na fase classificatória do Dew Tour, como Isabelly Ávila, da modalidade street.
O segundo colocado na modalidade park, Luiz Francisco, falou sobre todo o esforço que ele fez até chegar próximo aos Jogos e que sua dedicação será recompensada.
Eu abdiquei três anos da minha vida, onde eu foquei muito em treinar minha parte física, desloquei o meu ombro, operei, quebrei a mão, operei a mão, aí se cuida para estar conseguindo fazer isso. Foram três anos viajando e competindo que vão ser recompensados de uma certa forma. Eu não perdi esses três anos, teve um objetivo e ele foi completo, então é algo realmente gratificante
Durante o período de treinamentos, a seleção demonstrou estar um clima leve entre eles, com bastante entrosamento e brincadeiras entre si. O técnico do park, Edgar Vovô falou sobre seu papel na excursão.
A função do técnico é conseguir juntar toda a galera para a sessão, conversar sobre as manobras, dar algumas dicas sobre posicionamento de corpo, velocidade, ajustar algumas coisas que eles, ás vezes, sozinhos não conseguem achar, mas olhando de fora, um pequeno detalhe ajuda bastante e é isso que vem acontecendo.
O período na Califórnia não serviu apenas para os treinos nas pistas, mas também para acertar os detalhes da preparação física dos atletas. O fisioterapeuta da seleção, Alison Paz, falou sobre como nos últimos quatro anos, a preparação se desenvolveu.
Eu acho que ao longo desses quatro anos de CBSk, a gente conseguiu coletar dados, desenvolvendo e realizando testes funcionais, identificando quais são as lesões e prevenindo. Então a gente tá conseguindo, mesmo sendo um esporte de alto impacto, um esporte onde a gente nunca sabe o que pode acontecer, mas com o corpo trabalhando com uma melhora do condicionamento físico e preventivo, sem dúvidas, estamos trabalhando mais nessa linha hoje do que só recuperando lesões.
Para os competidores da modalidade park, o Dew Tour é a última oportunidade para se conseguir pontos para o ranking, antes dos Jogos de Tóquio, já que o mundial da categoria foi cancelado. Já para o street, a competição em Iowa é a penúltima chance, sendo a Copa do Mundo em Roma, realizada na primeira semana de junho a última antes do fechamento do ranking.
No park, se classificam os 20 melhores do ranking masculino e feminino, enquanto no street serão os 16 melhores colocados, uma vaga para o país sede e três vagas de acordo com o resultado da Copa do Mundo.
Se o ranking fechasse hoje, os seguintes atletas brasileiros estariam classificados.
Park feminino: Dora Varella, Isadora Pacheco e Yndiara Asp;
Park masculino: Luiz Francisco, Pedro Barros e Pedro Quintas;
Street feminino: Letícia Bufoni, Pamela Rosa e Rayssa Leal;
Street masculino: Carlos Ribeiro, Giovanni Vianna e Kelvin Hoefler.
O limite é de três vagas por país e o Brasil é candidato a sair com medalha nas quatro provas em Tóquio.
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Foto em destaque: Pedro Ramos/ rededoesporte.gov.br
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