O velocista Fábio Bordignon, da classe T35, estabeleceu novo recorde das Américas e brasileiro nos 100m nesta quarta-feira, 9, na sessão da tarde do segundo dia da Fase de Treinamento Seletiva do atletismo. A marca de 12s40 também lhe rendeu o índice para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. A primeira etapa da seletiva acontece Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até o próximo sábado, 12, e conta com 63 atletas inscritos.
A antiga marca continental era 12s57, do próprio atleta, feita em 2018. "É muito gratificante voltar a correr e alcançar o índice para Tóquio. Com toda certeza, para mim, é uma superação de tudo que aconteceu, pandemia, estou voltando de lesão, tive coronavírus. Voltei a treinar recentemente e agradeço ao meu clube Andef, o professor Amaury [técnico chefe do atletismo] por todo suporte", comentou Fábio, que tem paralisia cerebral.
O atleta conheceu o esporte paralímpico em 2007, assistindo às transmissões dos Jogos Parapan-Americanos do Rio. Ao procurar uma instituição para pessoas com deficiência, descobriu o futebol de 7 e iniciou sua carreira em 2009. Disputou várias competições, inclusive os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 pelo futebol de 7.
Já em 2015, Fábio migrou para o atletismo e, no ano seguinte, já era recordista das Américas. Novamente nos Jogos Paralímpicos, faturou a prata nos 100m e nos 200m na edição do Rio, em 2016. Nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 foi campeão nos 100m e faturou o bronze nos 200m da classe T35.
“Agora, aguardo a convocação oficial e espero conquistar pelo menos uma medalha para o Brasil em Tóquio”, finaliza.
Apesar de não bater o índice de 10s68 na sua prova dos 100m, o velocista Alan Fonteles bateu na sessão da tarde desta quarta-feira o recorde das Américas pela classe T62 (amputados de membros inferiores com prótese). O atleta do Pará completou a distância em 11s25 e baixou a marca continental anterior que era de 11s42.
Assim como havia feito na prova dos 100m, na abertura da seletiva, o velocista Christian Gabriel, da classe T37 (para atletas com paralisia cerebral), voltou a bater o índice nos 200m nesta quarta, 9. Ele correu em 23s19 e foi mais rápido do que a marca de 23s31 pré-estabelecida em sua classe.
Outros atletas da classe T37, Mateus Evangelista e Ricardo Gomes ficaram próximos do índice de 11s34 nos 100m. O primeiro completou a prova em 11s79, enquanto o segundo fez em 11s59.
Entre as mulheres, a velocista Gabriela Mendonça ficou a 34 centésimos do índice de 12s20 na prova dos 100m feminino pela classe T13 (atletas com deficiência visual).
Foto: Marcello Zambrana/EXEMPLUS/CPB
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