Por quanto tempo vale sonhar com algo grandioso? Para a tenista russa Anastasia Pavlyuchenkova, valeu batalhar em 52 torneios Grand Slam, para finalmente chegar numa decisão por título, em Roland Garros, nesta temporada. Ao longo de sua carreira, a atleta de 29 anos havia disputado seis vezes a fase de quartas de final, sempre saindo de quadra com a eliminação.
Uma dessas seis derrotas nas quartas, ocorreram em Roland Garros e de forma bastante dolorida para Pavlyuchenkova. O ano era 2011. A tenista russa tinha 6-1 e 4-1 no placar, e estava a dois games de sua 1ª semifinal de Major na carreira. Mas sua adversária era a atual campeã na época, Francesca Schiavone.
A italiana cortou a vantagem e venceu a segunda parcial. No terceiro set, após estar quatro games atrás da adversária, Pavlyuchenkova buscou o placar e ficou novamente a dois games da vitória, ao empatar 5-5. Mas de novo a russa sucumbiu, deixando a classificação com Schiavone.
Derrota amarga para Pavlyuchenkova em sua 1ª aparição nas quartas de final de um Major. Foto: Reprodução/Lenex News |
Se vencer a final, Pavlyuchenkova quebrará um jejum de sete anos sem títulos da Rússia na chave feminina individual em Roland Garros. A última atleta do país a conquistar o título de simples foi Maria Sharapova, em 2014.
E quando o problema não é tempo e persistência, mas sim a dor de uma grande perda? No próximo sábado (12), do outro lado da quadra, estará a tenista tcheca Barbora Krejcikova. Ela trabalhou por alguns anos ao lado de sua compatriota e uma das melhores duplistas da história, Jana Novotna, que morreu em 2017, por causa de um câncer.
No ano seguinte ao da morte de sua treinadora, Krejcikova conquistou o título das duplas em Roland Garros, ao lado de Katerina Siniakova, repetindo o feito de Novotna, tricampeã desta categoria no saibro parisiense. Mas em simples o buraco era mais embaixo para a tenista tcheca. Em quatro disputas de Grand Slam, ela tinha apenas cinco vitórias. Mas tudo mudou na atual edição do Aberto de Tênis da França.
Krejcikova foi campeã de duplas em RG 2018. Foto: Philippe Montigny/FFT |
“Sei que Jana Novotna está me olhando lá de cima e eu queria agradecê-la também. Ela é a responsável por eu estar aqui hoje”, disse Krejcikova, em sua entrevista após a disputa da semifinal, na última quinta-feira (10).
De quebra, Krejcikova tentará ir ainda mais longe. Além da final feminina de simples, ela buscará também mais um título das duplas, ao lado de sua parceira de sempre, Siniakova. A última tenista a fazer dobradinha e ficar com os dois canecos em Roland Garros, foi a francesa Mary Pierce, em 2000.
Além de ter vencido o torneio de simples em Roland Garros 2000, Pierce ficou com o título das duplas, em parceria com a lendária Martina Hingis. Foto: FFT |
Para as duas finalistas de 2021, a decisão valerá o primeiro título de Grand Slam em simples. Ambas fizeram poucos torneios de preparação durante a gira de saibro, com título de Krejcikova no WTA 250 de Estrasburgo e semifinal de Pavlyuchenkova no WTA 1000 de Madri, como principais resultados. Porém, o momento das carreiras é diferente. A tcheca vem de conquista recente, enquanto a russa não ergue um troféu desde 2018 (curiosamente, também em Estrasburgo).
Krejcikova também pode derrubar um imenso tabu, caso vença a final. A última tenista tcheca campeã de Roland Garros em simples foi Hana Mandlikova, em 1981, quando o país ainda era chamado de Tchecoslováquia.
É importante destacar que Pavlyuchenkova e Krejcikova nunca se enfrentaram no circuito de tênis da WTA. Elas têm uma classificação muito próxima no ranking mundial de simples, sendo que a russa é a atual 32ª e a tcheca ocupa a 33ª colocação.
A final feminina de Roland Garros será transmitida pelo Bandsports e pelo SporTV, às 10h da manhã.
Arte: Lucas Bueno/Surto Olímpico |
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Tempo em quadra: 10h43
Sets cedidos: 3
Games cedidos: 55
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Tempo em quadra: 11h11
Sets cedidos: 2
Games cedidos: 52
Arte: Lucas Bueno/Surto Olímpico
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