O terceiro e penúltimo dia da seletiva brasileira da natação paralímpica para os Jogos de Tóquio aconteceu nesta sexta (4), com mais um bom número de índices batidos. Mas o destaque maior ficou com uma nadadora já classificada: Maria Carolina Santiago bateu o recorde mundial dos 50m livre na classe S12 com o tempo de 26s72.
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Maria, que tem a síndrome de Morning Glory, uma rara anomalia congênita na retina que reduz seu campo de visão, já estava classificada para Tóquio por conta do título mundial em 2019, está nadando a seletiva para se testar após longo período parada por conta da pandemia e quebrou um recorde que durava desde a paralimpíada de Londres em 2012 - Oxana Savchenko (RUS) com 26s90.
Daniel Dias (S5) e Wendell Belarmino (S11), que também estão classificados por conta dos títulos mundiais em 2019 e estão nadando na seletiva para pegarem ritmo para Tóquio, fizeram marcas melhores do que o índice paralímpico nos 50m livre.
Já entre os índices de hoje, foram 11. Na classe S1, Gabriel Feiten e Jose Ronaldo pegaram o seu segundo índice para Tóquio nos 100m costas; Na S2, Gabriel Geraldo também se garantiu nos 100m costas, assim como Ana Karolina Soares da classe S14.
Já nas provas do 50m nado livre, tivemos Lídia Cruz, Patrícia Pereira e Eric Tobera (S4), Cecília Araújo (S8), Ruiter Silva - que bateu o recorde das Américas com 26s09 (S9), Phelipe Rodrigues (S10) e Gabriel Bandeira (S14) - novo recorde das Américas 59s42 - fizeram índices para Tóquio.
Já Mariana Gesteira, que foi reclassificada como S9 antes da seletiva, fez o índice paralímpico do S10 nos 50m livre - já que a sua nova classe não disputa essa prova nos jogos paralímpicos - e desta forma, se o atleta possuir o índice da classe acima, sendo esta uma prova paralímpica, ele poderá competir nesta classe. Ela marcou o tempo de 28s85 e marcou o segundo melhor tempo do mundo na temporada.
Faltando apenas um dia para o fim da seletiva, que será neste sábado (5), temos até o momento 28 nadadores com índices paralímpicos - 17 homens e 11 mulheres. Com o limite de 35 nadadores estabelecidos pela IPC (Comitê Paralímpico Internacional), restam apenas sete vagas a serem preenchidas, quatro para o masculino e três para o feminino.
foto: Ale Cabral/CPB
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