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Coluna Surto Mundo Afora - Rebeca Andrade do Brasil. E de Luísa Parente, de Daiane dos Santos, de Daniela Hypólito, de Jade Barbosa...

Ricardo Bufolin/CBG

Quando Rebeca Andrade subiu ao pódio do Ariake Gymnastics Centre para receber a medalha de prata, no individual geral da ginástica artística dos Jogos Olímpicos, ela não estava sozinha. Além das dores de uma trajetória forjada na desigualdade do Brasil e do seu inesgotável talento, muitas outras estavam com ela.

Estavam ali as arquitetas que pavimentaram o difícil caminho do pioneirismo. As que carregaram nas costas o preconceito. As que sofreram a desconfiança. As que conviveram com tantas críticas pelas medalhas que não vieram.

Estavam ali as inspirações da Rebeca Andrade. E da Flavinha Saraiva. E da Lorrane Oliveira. E da Carolyne Pedro...

Estavam ali espelhos que refletiram tanto quanto a prata.

Estavam ali heroínas que agora recebem Rebeca Andrade no panteão das imortais. Que fizeram um país inteiro adotar a ginástica artística com seus talentos.

As mãos que aplaudiram durante anos gerações inteiras, agora aplaudem Rebeca.

A medalha de prata é da Rebeca Andrade. E a coroação é de todas.

Foram 57.298 pontos para os juízes. Mas 57.298 de obrigados de cada torcedor.

Negra. Mulher. Prata. Imortal.

Rebeca Andrade do Brasil. E de Luísa Parente, de Daiane dos Santos, de Daniela Hypólito, de Jade Barbosa...


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