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Guia Tóquio 2020: Ciclismo - MTB

Brasileiros no ciclismo mtb em Tóquio 2020

FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Izu MTB Course
Período: 26/07 e 27/07
Número de países participantes: 35 delegações
Total de atletas: 76
Brasil: 3 atletas (Henrique Avancini e Luiz Henrique Cocuzzi, no masculino; e Jaqueline Mourão, no feminino)

HISTÓRICO
O mountain bike surgiu na década de 70, na Califórnia (Estados Unidos), a partir da atividade de um grupo de amigos, que buscavam uma experiência diferente do asfalto das estradas. Assim, eles resolveram enfrentar trilhas e terrenos acidentados com suas bicicletas. No Brasil, o mountain bike chegou com força no final dos anos 1980, e em 1988 aconteceu a primeira competição da modalidade, no estado do Rio de Janeiro, e foi organizado por Marcos Ripper.

O ciclismo mountain bike foi a terceira modalidade ciclística a ser incluída no programa olímpico, fazendo sua estreia nos Jogos de Atlanta 1996, permanecendo até hoje na programação. A primeira edição teve a participação de 72 ciclistas: 43 homens e 29 mulheres. Na Rio 2016, a competição teve a participação de 78 atletas: 49 no masculino e 29 no feminino. Em Tóquio, serão 76 esportistas de 35 delegações, 38 por naipe.

BRASIL
O Brasil participou de todas as edições da modalidade na história dos Jogos Olímpicos. Ao todo, sete brasileiros representaram o país nas provas olímpicas. Os estreantes foram Márcio Ravelli e Ivanir Lopes em Atlanta 1996. Henrique Avancini foi o atleta que teve melhor resultado brasileiro na prova masculina, ao conquistar o 23º lugar na Rio 2016.

Já entre as mulheres, a primeira representante brasileira foi Jaqueline Mourão, que com o 18º lugar nos Jogos de Atenas é até hoje o melhor resultado do ciclismo feminino brasileiro nesta prova.


FORMATO DE DISPUTA
As disputas do ciclismo mountain bike são em prova de cross country. Com largadas em massa, a prova masculina tem um total de sete voltas e a competição feminina um total de seis voltas, ficando com as medalhas os três primeiros que completarem o percurso em cada prova.

INDIVIDUAL MASCULINO
Favoritos ao ouro: Nino Schurter (SUI), Jordan Sarrou (FRA) e Mathias Flückiger (SUI)
Candidatos à medalha: Mathieu van der Poel (NED), Milan Vader (NED), Henrique Avancini (BRA), Victor Koretzky (FRA) e Tom Pidcock (GBR)
Podem surpreender: -
Brasil: Henrique Avancini e Luiz Henrique Cocuzzi

Ouro na Rio 2016 e 11 vezes campeão mundial, o veterano suíço Nino Schurter vem com tudo para conquistar o bicampeonato olímpico. Mas a disputa promete ser feroz, já que ele terá outros fortes concorrentes na briga pelo título como seu compatriota Mathias Flückiger, atual líder do ranking da UCI e vice-campeão mundial em 2019 e 2020. Já Jordan Sarrou, atual campeão do mundo, pretende acabar com a festa suíça e levar o ouro para a França nesta prova, o que não acontece desde Pequim 2008.

Na briga por medalhas também estão o versátil Mathieu van der Poel (NED), campeão europeu em 2019, e seu compatriota Milan Vader, além do francês Victor Koretzky e do britânico Tom Pidcock, que venceram uma etapa da Copa do Mundo este ano.

O brasileiro Henrique Avancini promete ser um intruso entre os europeus e busca ser o primeiro ciclista fora deste continente a ganhar uma medalha olímpica na prova. Nascido em Petrópolis (RJ), Avancini vem em um ótimo ciclo olímpico, sendo quarto lugar no Mundial em 2018, terceiro colocado na temporada 2019 da Copa do Mundo. Em 2020, ganhou uma etapa da Copa do Mundo, terminando o ano na liderança do ranking mundial da UCI. Todos estes ingredientes podem fazer com que Avancini faça história no ciclismo brasileiro.

Ouro na Rio 2016, Nino Schurter buscará o bicampeonato olímpico da prova (Foto: UCI)

INDIVIDUAL FEMININO
Favorita ao ouro: Pauline Ferrand-Prévot (FRA) e Loana Lecomte {FRA)
Candidatas à medalha: Jolanda Neff (SUI), Kate Courtney (USA), Anne Terpstra (NED), Yana Belomoyna (UKR), Eva Lechner (ITA), Rebecca McConnell (AUS) e Jenny Rissveds (SWE)
Podem surpreender: -
Brasil: Jaqueline Mourão

Atual bicampeã mundial e campeã europeia, a francesa Pauline Ferrand-Prévot vem credenciada como grande favorita ao ouro olímpico em Tóquio, junstamente com sua compatriota, a jovem Loana Lecomte, de apenas 21 anos de idade, que venceu quatro etapas da Copa do Mundo este ano, além de liderar o ranking mundial. 

Há forte candidatas que irão desafiar o favoritismo das francesas, como a suíça Jolanda Neff, campeã mundial em 2017 e bicampeã europeia em 2018 e 2019, e a sueca Jenny Rissveds, que tentará defender seu título olímpico conquistado em 2016.

A representante do Brasil na prova será Jaqueline Mourão. Aos 45 anos de idade, a poliatleta vai para a sua sétima Olimpíada, a terceira de verão. A mineira tentará, quem sabe, melhorar a 18ª colocação conquistada nos Jogos Olímpicos de Atenas, nesta mesma modalidade.

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