FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Makuhari Messe
Período: 23/07 a 27/07
Número de delegações participantes: 62
Total de atletas: 131
Brasil: 3 atletas: Milena Titoneli (67kg feminina), Edival Marques (68kg masculino) e Ícaro Miguel (80kg masculino)
HISTÓRICO
Uma das modalidades mais jovens das Olimpíadas, o taekwondo faz parte do programa olímpico desde Sydney-2000, depois de ter sido esporte de demonstração em Seul-1988 e Barcelona-1992. A modalidade é uma arte marcial de origem sul-coreana, que consiste na aplicação de técnicas de chute e de socos na região abdominal ou na cabeça.
Por ser o berço do taekwondo, a Coreia do Sul domina o quadro de medalhas histórico da modalidade. Em cinco Olimpíadas já disputadas, o país asiático conquistou 19 medalhas, sendo 12 de ouro, duas de prata e cinco de ouro. A China aparece na segunda colocação, com sete ouros e dez pódios no total. Estados Unidos, México, Taiwan, Grã-Bretanha e Irã já tiveram dois campeões olímpicos cada.
O Brasil já conquistou duas medalhas olímpicas no taekwondo, ambas de bronze: Natália Falavigna, na categoria +67kg em Pequim-2008; e Maicon Siqueira, na categoria +80kg da Rio-2016. Ao todo, 38 países já subiram ao pódio pelo menos uma vez em Olimpíadas. O Brasil aparece na 30ª colocação no quadro geral de medalhas.
BRASIL
O Brasil tem um histórico positivo no taekwondo, tendo duas medalhas olímpicas de bronze na galeria de conquistas, mas o presente tem tudo para ser ainda mais vitorioso. Uma forte geração despontou neste ciclo, conquistando importantes resultados no cenário internacional. Em 2019, por exemplo, os brasileiros ganharam cinco medalhas no Campeonato Mundial e sete, de oito possíveis, nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
Natália Falavigna após conquistar a primeira medalha olímpica para o taekwondo brasileiro — Foto: Agência/Reuters
Apesar disto, o Brasil classificou apenas três atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Isto porque, segundo os critérios da federação internacional, cada país só pôde enviar um máximo de dois atletas por gênero aos Pré-Olímpicos continentais. Assim, Milena Titoneli (67kg), Edival Marques (68kg) e Ícaro Miguel (80kg) se garantiram, enquanto Talisca Reis (49kg) não conseguiu a vaga.
Milena, Netinho (Edival) e Ícaro chegam com potenciais chances de medalha. Milena foi bronze no Mundial de 2019, derrotando tops do mundo em sua campanha, incluindo uma sul-coreana, e campeã do Pan de Lima. Ícaro, por sua vez, é o líder do ranking mundial da categoria não-olímpica até 87kg, tendo sido vice-campeão mundial no peso. Netinho também é medalhista de ouro pan-americano e foi campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014.
FORMATO DE DISPUTA
O taekwondo terá oito disputas em Tóquio-2020, com quatro categorias masculinas e quatro femininas. Os homens competirão nos pesos até 58kg, até 68kg, até 80kg e acima de 80kg, enquanto as mulheres estarão presentes nos pesos até 49kg, até 57kg, até 67kg e acima de 67kg. Essas categorias são assim classificadas desde que a modalidade fez sua estreia olímpica em 2000, tendo jamais sido modificadas.
Cada uma das disputas terá 16 atletas, com exceção à 68kg, 49kg e 57kg, que têm 17 cada, totalizando 131 na soma de todas as categorias. A Coreia do Sul e a China são os países que mais vão ter representantes: seis. Grã-Bretanha e Turquia terão cinco esportistas. O Brasil, por sua vez, garantiu três atletas por meio do Pré-Olímpico das Américas: Milena Titoneli (67kg), Edival Marques, o Netinho (68kg), e Ícaro Miguel (80kg).
O taekwondo dá quatro medalhas por categoria: uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Como majoritariamente há 16 atletas em cada categoria, as disputas se iniciam nas oitavas de final. Há uma delimitação de quatro cabeças de chave que não podem se enfrentar nas duas primeiras rodadas, somente a partir das semis. Para conquistar o ouro, basta vencer quatro lutas. O quarto cabeça de chave obrigatoriamente deverá ser um japonês, independente de sua posição no ranking mundial. Os taekwondistas que forem derrotados nas oitavas e nas quartas terão a oportunidade de disputar uma repescagem desde que seus algozes cheguem até a final. Os eliminados na semifinal avançam direto à disputa do bronze.
ANÁLISE
58kg MASCULINO
Eliminatórias: 23/07, às 22h15
Final: 24/07, às 09h45
Favorito ao ouro: Jang Jun (KOR)
Candidatos ao pódio: Vito Dell'Aquila (ITA), Adrian Vicente (ESP), Armin Hadipour (IRI) e Rui Bragança (POR)
Podem surpreender: Lucas Guzmán (ARG), Mikhail Artamonov (ROC), Omar Salim (HUN) e Jack Woolley (IRL)
Brasil: Não tem
O sul-coreano Jang Jun é o principal favorito para conquistar o ouro na categoria até 58kg. Atual campeão mundial, ele é o líder do ranking e dominou a reta final do ciclo olímpico, tendo conquistado cinco ouros em Grand Prix - três deles somente em 2019. Quatro atletas aparecem como principais ameaças ao seu título: o iraniano Armin Hadipour é um deles, o italiano Vito Dell'Aquila, o espanhol Adrian Vicente e o português Rui Bragança.
Jang-Jun. Foto: World Taekwondo
Hadipour três ouros em Universíade e duas medalhas em Mundiais (2017 e 2019), na categoria não-olímpica até 54kg. O jovem italiano Dell'Aquila, de apenas 20 anos, está no páreo por ter sido bronze no Mundial de 2017 (não-olímpica) e levado o título do Grand Prix Final de 2019, batendo o próprio Jun na final.
O experiente Rui, por sua vez, tem dois títulos europeus no currículo e duas medalhas em Mundiais, incluindo um bronze em 2019. Por fim, Vicente chega a Tóquio após superar a concorrência interna do compatriota Jesus Tortosa. Vicente tem apenas 22 anos e possui uma ótima regularidade, medalhando em praticamente todas as competições que participa, incluindo um ouro no Europeu de 2018 e uma prata no continental deste ano.
Entre aqueles que podem surpreender, está o argentino Lucas Guzman, bronze no Mundial de 2019 e ouro no Pan de Lima, no mesmo ano; o húngaro Omar Salim, campeão europeu na categoria não-olímpica em abril deste ano; e o russo Mikhail Artamonov, vice-campeão mundial em 2017, campeão europeu em 2018 e campeão do Grand Prix de Roma em 2018.
68kg MASCULINO
Eliminatórias: 24/07, às 22h15
Final: 25/07, às 09h45
Favoritos ao ouro: Lee Dae-hoon (KOR) e Bradly Sinden (GBR)
Candidatos ao pódio: Zhao Shuai (CHN), Mirhashem Hosseini (IRI), Javier Perez (ESP) e Huang Yu-jen (TPE)
Podem surpreender: Jaouad Achab (BEL), Edival Marques (BRA), Bernardo Pié (DOM) e Nedzad Husic (BIH)
Brasil: Edival Marques, o Netinho
Numa categoria muito equilibrada, o sul-coreano Lee Dae-hoon e o britânico Bradly Sinden despontam como os principais favoritos à medalha de ouro. O asiático foi campeão mundial em 2017 e bronze em 2019, enquanto o europeu foi ouro em 2019 e bronze na categoria não-olímpica do Mundial em 2017. Além disso, Lee foi ao pódio em todos os quatro Grand Prix disputados em 2019, e Sinden foi em dois.
Lutando pelo pódio, está o chinês Zhao Shuai, que foi campeão olímpico na categoria até 58kg da Rio-2016 e subiu de peso no ciclo, chegando a Tóquio como atual bicampeão mundial na categoria até 63kg (não-olímpica). Outro credenciado à medalha é o iraniano Mirhasshem Hosseini, prata no Mundial de 2017 e ouro nos GPs de Roma e Chiba em 2019. O espanhol Javier Perez, prata no Mundial 2019 e bronze no Europeu 2021, e o taiwanês Huang Yu-jen, prata no Mundial 2017 e ouro no Asiático 2021, também estão no bolo.
Netinho no pódio dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014 (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB) |
Quatro atletas correm por fora na luta por uma medalha. Um deles é Edival Marques, o Netinho, que conseguiu importantes resultados no ciclo, incluindo o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e o bronze no Grand Prix de Chiba, ambos em 2019. Ele foi campeão olímpico da juventude em 2014 e parou nas oitavas nos Mundiais de 2017 e 2019. Outros na briga são o belga Jaouad Achab, o dominicano Bernardo Pié e o bósnio Nedzac Husic.
80kg MASCULINO
Eliminatórias: 25/07, às 22h15
Final: 26/07, às 09h45
Favorito ao ouro: Maksim Mhramtsov (RUS)
Candidatos ao pódio: Ícaro Miguel (BRA), Milad Beigi (AZE) e Cheick Sallah-Cissé (CIV)
Podem surpreender: Simone Alessio (ITA), Seif Eissa (EGY), Moises Hernandez (DOM), Saleh El-Sharabaty (JOR) e Raul Martinez (ESP)
Brasil: Ícaro Miguel
A categoria até 80kg é a mais difícil de se analisar para o torneio olímpico, já que os atletas se dividem em três pesos durante o ciclo: até 74kg, até 80kg e até 87kg. Pondo os resultados na balança, quem aparece a frente é o russo Maksim Khramtsov, líder do ranking e multicampeão no ciclo: foi ouro no Mundial de 2017, nos Grand Slams de 2017 e 2018 e em três Grand Prix em 2018 e dois em 2019. Ele chega nos Jogos tendo conquistado ainda o Campeonato Europeu em abril.
Um "pelotão perseguidor" a Khramtsov inclui o brasileiro Ícaro Miguel, vice-líder do ranking mundial na categoria até 87kg. Ele teve um ano espetacular em 2019, tendo sido prata no Mundial (87kg) e no Pan de Lima (80kg) e bronze no Grand Prix de Sofia (80kg). Desde o começo do ano passado, Ícaro tem apresentado uma regularidade incrível e conquistou medalhas em todas as sete competições que disputou, incluindo o ouro no Pan-Americano, em junho deste ano.
Ícaro Miguel foi vice-campeão do Pan de Lima e do Mundial, ambos em 2019 (Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br) |
O azeri Milad Beigi chega em Tóquio como o atual campeão mundial do peso olímpico e vice europeu - sendo derrotado por Khramtsov este ano. Ele também faturou o um ouro e uma prata nos Grand Prix de 2019. Campeão olímpico na Rio-2016, o marfinense Cheick Sallah Cissé também é forte candidato à medalha, tendo sido bronze no GP de Roma e campeão dos Jogos Africanos em 2019.
Atrás, estão o dominicano Moisés Hernández, bronze no Mundial de 2019 (80kg) e no Pan de Lima, e o jordaniano Saleh El-Sharabaty, ouro no GP de Sofia em 2019 e campeão asiático (80kg) há algumas semanas. Também podem surpreender o espanhol Raúl Martínez, o egípcio Seif Eissa e o taiwanês Liu Wei-ting.
+80kg MASCULINO
Eliminatórias: 26/07, às 22h15
Final: 27/07, às 09h45
Favorito ao ouro: Vladislav Larin (ROC)
Candidatos à medalha: In Kyo-don (KOR), Alexander Bachmann (GER), Rafael Alba (CUB), Abdoul Razak Isooufou (NIG)
Podem surpreender: Carlos Sansores (MEX), Mahama Cho (GBR) e Ivan Trajkovic (SLO)
Brasil: Não tem
Sem a presença do brasileiro Maicon Siqueira, bronze na Rio-2016, o russo Vladislav Larin é o principal favorito a conquistar a medalha de ouro. Líder do ranking da categoria até 87kg, ele é o atual campeão mundial no peso e faturou um ouro e uma prata nos Grand Prix de 2019. Este ano, foi prata no Europeu. O sul-coreano In Kyo-don também foi muito regular no ciclo, vencendo dois GPs e sendo vice em outro, e desponta como candidato ao ouro.
Quem também é candidata ao pódio é a dupla latino-americana, formada pelo cubano Rafael Alba e pelo mexicano Carlos Sansores. Os dois fizeram as finais do Mundial (+87kg) de 2019, com Alba levando a melhor. O cubano, aliás, também foi prata no Pan de Lima-2019, deixando o mexicano pelo caminho, com o bronze. Medalhista de prata na Rio-2016, Abdoul Razak Issoufou, de Níger, não teve um ciclo de muitas conquistas, mas conseguiu se manter no top-10 mundial e também está no bolo por uma medalha.
Rafael Alba foi campeão mundial em 2019 (Foto: Orlando Barría/EFE) |
Correm por fora o alemão Alexander Bachmann, campeão mundial em 2017, mas sem grandes resultados desde então, o esloveno Ivan Trajkovic, presença constante no top-8, e o britânico Mahama Cho, vice-campeão mundial em 2017 e bronze no Grand Prix de Roma, em 2019. Nomes importantes, como o do brasileiro Maicon Andrade e o do iraniano Sajjad Mardani, não conseguiram a vaga olímpica por conta da limitação de atletas impostas pelo taekwondo.
FEMININO
49kg FEMININO
Eliminatórias: 23/07, às 22h
Final: 24/07, às 09h30
Favoritas ao ouro: Panipak Wongpattanakit (THA)
Candidatas ao pódio: Sim Jae-young (KOR), Rukiye Yildrim (TUR) e Wu Jingyu (CHN) e Kristina Tomic (CRO)
Podem surpreender: Adriana Cerezo (ESP) e Tijana Bogdanovic (SRB)
Brasil: Não tem
Panipak Wongpattanakit, da Tailândia, é a principal favorita ao ouro na categoria mais leve do taekwondo. Medalhista de bronze na Rio-2016, ela teve um ciclo praticamente perfeito e chega em Tóquio como líder do ranking mundial. Entre as principais conquistas estão o título do Mundial de 2019 e o vice em 2017, os seis ouros em Grand Prix entre 2017 e 2019 e os títulos dos Grand Slams de 2018 e 2019.
Panipak Wongpattanakit (dir.) contra Tijana Bogdanovic (esq.). Foto: Bankok Post
Apesar do retrospecto espetacular, a tailandesa não terá vida fácil, já que a categoria reúne atletas de peso, entre as quais se destaca a chinesa Wu Jingyu, bicampeã olímpica (Pequim-2008 e Londres-2012) e atual vice-campeã mundial; a sul-coreana Sim Jae-young, bicampeã mundial na categoria não-olímpica (até 46kg); e a turca Rukiye Yildrim e a croata Kristina Tomic, medalhistas de bronze no último Mundial.
Quem pode surpreender é a sérvia Tijana Bogdanovic, medalhista de prata na Rio-2016. Ela não medalhou em Mundiais no ciclo, mas foi ao pódio em três dos quatro Grand Prix disputados em 2019 (incluindo o ouro no GP final). Um nome para também ficar de olho é a espanhola Adriana Cerezo, de apenas 17 anos, que surgiu este ano como um verdadeiro fenômeno e conseguiu a vaga olímpica e o título europeu.
57kg FEMININO
Eliminatórias: 24/07, às 22h
Final: 25/07, às 09h30
Favorita ao ouro: Jade Jones (GBR)
Candidatas ao pódio: Lee Ah-reum (KOR), Tatiana Kudashova (ROC), Hatice Kubra Ilgun (TUR) e Zhou Lijun (CHN)
Podem surpreender: Skylar Park (CAN) e Anastasija Zolotic (USA)
Brasil: Não tem
A britânica Jade Jones é talvez um das maiores favoritas para conquistar o ouro na Olimpíada de Tóquio, entre todas as modalidades. Atual bicampeã olímpica, ela é a líder do ranking na categoria até 57kg, tendo sido campeã mundial em 2019 e tricampeã europeia entre 2016 e 2021. Jones pode se tornar a primeira tricampeã olímpica da história do taekwondo.
Jade Jones pode fazer história em Tóquio (Foto: Taekwondo GB) |
Quem aparece como principal ameaça ao título da britânica é a sul-coreana Lee Ah-reum, campeã mundial em 2017 e vice em 2019, em ambas enfrentando Jade Jones. A turca Hatice Kubra Ilgun também está consolidada ao pódio, tendo sido vice-campeã mundial em 2017 e vice-campeã europeia em 2018 e em 2021. Ela medalhou em todos os quatro Grand Prix disputados em 2019.
A chinesa Zhou Lijun, bronze no Mundial de 2019, também é muito regular, tendo faturado os Grand Slams de 2018 e 2019 e o Grand Prix de Roma de 2019. A russa Tatiana Kudashova é outra que pode chegar firme na briga pelo pódio olímpico, tendo sido prata nas duas últimas edições de Mundial e ouro nos três últimos Europeu, sempre na categoria não-olímpica até 53kg.
A canadense Skylar Park, bronze no Mundial de 2019 e em três Grand Prix entre 2018 e 2019, pode surpreender, assim como a estadunidense Anastasija Zolotic, medalhista de ouro no Pan de Lima 2019 e bronze no Grand Prix Final de 2019.
67kg FEMININO
Eliminatórias: 25/07, às 22h
Final: 26/07, às 09h30
Candidatas ao ouro: Ruth Gbagbi (CIV), Matea Jelic (CRO), Zhang Mengyu (CHN) e Nur Tatar (TUR)
Candidatas ao pódio: Milena Titoneli (BRA), Magda Wiet-Hénin (FRA) e Farida Azizova (AZE)
Podem surpreender: Paige McPherson (USA) e Lauren Willians (GBR)
Brasil: Milena Titoneli
A categoria até 67kg feminina do taekwondo não tem uma clara favorita ao ouro. Diversas atletas tiveram resultados importantes no ciclo, entre as quais se destacam quatro, que despontam como principais postulantes ao título olímpico. Uma delas é a turca Nur Tatar, prata em Londres-2012, bronze na Rio-2016, campeã mundial em 2017 e vice mundial em 2019.
A chinesa Zhang Mengyu também chega em Tóquio com duas medalhas em Mundiais: um bronze em 2017 e um ouro em 2019. Já a marfinense Ruth Gbagi, medalhista de bronze no Rio, foi campeã mundial na categoria até 62kg em 2017, mas teve destaque maior com os ouros no Grand Prix de Sofia e no GP Final de 2019. Por fim, destaque para a croata Matea Jelic, líder do ranking mundial e uma das atletas mais regulares da categoria, chegando na Olimpíada como atual campeã europeia.
Três atletas estão atrás desse pelotão dianteiro, mas também estão credenciadas a brigar pelo pódio olímpico. Entre elas, destaque para a brasileira Milena Titoneli, outra atleta muito regular e que vem numa crescente na carreira. Em 2019, ela foi bronze no Mundial e ouro no Pan de Lima. Este ano, foi ao lugar mais alto do pódio em duas oportunidades, incluindo no Campeonato Pan-Americano, em junho.
Milena Titoneli derrotou a medalhista olímpica Paige McPherson na final do Pan de Lima (Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br) |
A azeri Farida Azizova também foi medalhista de bronze no Mundial de 2019. Ela já teve duas experiências olímpicas na carreira, tendo sido quinta colocada na Rio-2016. A francesa Magda Wiet-Hénin, por sua vez, chega a Tóquio com moral, após o título europeu conquistado em abril. Ela também foi campeã do Grand Prix de Chiba, em 2019, e bronze no Mundial do mesmo ano, na categoria não-olímpica.
A britânica Lauren Willians e a estadunidense Paige McPherson correm por fora. A europeia faturou um Grand Prix e o Grand Slam em 2018, além de ter sido campeã continental em 2016, 2018 e vice em 2021. Já a americana foi medalhista olímpica em Londres-2012 e fez um ciclo apagado, tendo como principais conquistas a prata no Pan de Lima e um bronze no Grand Prix Final, ambos em 2019.
+67kg FEMININO
Eliminatórias: 26/07, às 22h
Final: 27/07, às 09h30
Favorita ao ouro: Zheng Shuyin (CHN)
Candidatas ao pódio: Bianca Walkden (GBR), Briseida Acosta (MEX), Lee Da-bin (KOR)
Podem surpreender: Milica Mandic (SRB), Aleksandra Kowalczuk (POL) e Nafia Kus (TUR)
Brasil: Não tem
Atual campeã olímpica, a chinesa Zheng Shuying é a favorita para conquistar o ouro na categoria +67kg em Tóquio. Ela teve um ciclo de muitas conquistas, principalmente em 2019: foi vice-campeã mundial - vencia a final por dez pontos de diferença, mas foi desclassificada por punições excessivas - e faturou três títulos de Grand Prix. Sua principal ameaça é a britânica Bianca Walkden, justamente quem conquistou o ouro no Mundial em 2019.
Bronze na Rio-2016, Bianca sagrou-se tricampeã mundial com a conquista em 2019 - também foi ao pódio em 2015 e 2017. Pela ascensão de Zheng, a britânica teve uma pequena queda de rendimento em 2018 e perdeu duas finais de Grand Prix para a chinesa. Walkden, no entanto, foi campeã europeia em abril. A mexicana Briseida Acosta, bronze no Mundial e ouro no Pan de Lima em 2019, e a sul-coreana Lee Da-bin, atual campeã mundial no peso até 73kg, também lutam pela medalha.
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