FICHA TÉCNICA
Local: Ariake Urban Sports Park
Período: 30/07 a 31/07
Número de delegações participantes: 10
Total de atletas: 18 (9 por naipe)
Brasil: Não tem
HISTÓRICO
O BMX estilo livre ou freestyle é uma variação do ciclismo que irá estrear nos Jogos Olímpicos de Tóquio, tendo sido incluído em junho de 2017 no programa olímpico. De acordo com o COI, a inclusão se deve a uma tentativa de trazer um público mais jovem e um perfil mais urbano às Olimpíadas.
Foi na Califórnia na década de 1960 que o BMX freestyle acabou se desenvolvendo, chegando no Brasil na década seguinte. Nos anos 80, o estilo se tornou popular. Em 2018, a disciplina fez uma aparição nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, onde competidores da Argentina e da Alemanha levaram o ouro no evento juvenil misto por equipes.
Nessa modalidade há seis modalidades: Street, Mini Ramp, Dirt Jump, Flatland, Vertical e a Park, que é qual nós veremos em Tóquio 2020. Ela é praticada em percursos fechados como skateparks ou bikeparks, onde se encontram diferentes obstáculos, como rampas, bancadas, paredes e corrimões.
BRASIL
Apesar de não termos nenhum representante classificado para a estreia da competição em Tóquio, o Brasil tem certa familiaridade com o BMX Freestyle. Em 1980, a modalidade começou a aparecer no país e a cidade de Belo Horizonte tem papel fundamental para o desenvolvimento da modalidade, já que a capital mineira foi uma das pioneiras com a construção de duas pistas, que estão em uso até hoje.
Ao longo de toda a década, já havia grandes números de praticantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que foi se estendendo para todo o país. Em 1985, começaram as primeiras competições de Freestyle no Brasil e desde então, o esporte se consolidou no país.
Renato Rezente. Foto: Divulgação/CBC
No ranking mundial da UCI, o mais bem colocado de 2020 foi Caio de Oliveira Souza, que ficou em 50º colocado. No feminino, Eduarda Bordignon terminou o ano na 53ª colocação, sendo a brasileira melhor classificada. É importante ressaltar que o Brasil terminou com as mulheres na 19ª posição na classificação de nações, enquanto os homens ficaram duas posições abaixo, no 21º lugar.
FORMATO DE DISPUTA
Os competidores do BMX Freestyle disputarão na disciplina park. No masculino e feminino, os atletas terão duas voltas de um minuto e serão julgados por executar movimentos em paredes, bancadas e postes.
Os juízes irão analisar as performances com base na dificuldade, estilo, execução, originalidade e altura. A pontuação vai de 0 a 100, e serão somadas ao término das duas voltas feitas pelos atletas. Aquele com a maior pontuação, conquista a medalha de ouro.
ANÁLISE
FEMININO
Balizamento: 30/07, às 22h10Final: 31/07, às 22h10
Favoritos ao ouro: -
Candidatos ao pódio: Hannah Roberts (USA), Perris Benegas (USA), Charlotte Worthington (GBR) e Nikita Ducarroz (SUI)
Podem surpreender: Lara Lessmann (GER)
Brasil: Não tem
Mesmo com inúmeras candidatas no feminino, o maior destaque vai para a norte-americana Hannah Roberts, de 19 anos. Bicampeã mundial, ela pode se tornar a medalhista mais jovem a ganhar um ouro no ciclismo dos Estados Unidos desde 1912 e a primeira mulher na adolescência a ser campeã do ciclismo em qualquer país. A compatriota Perris Benegas, campeã mundial de 2018, pode desbancar Roberts.
Perris Benegas. Foto: Reprodução/Vital BMX
Terceira colocada no ranking mundial, Charlotte Worthington também luta para trazer um ouro para a Grã-Bretanha, depois de ter feito história ao ser a primeira mulher de seu país a ganhar uma medalha no Mundial da modalidade.
A suíça Nikita Ducarroz tem o venezuelano Daniel Dhers como mentor e é extremamente talentosa. Segunda colocada no ranking mundial, têm inúmeros pódios em Copas do Mundo desde 2016. Em 2021, já tem um segundo lugar no Campeonato Mundial e chega preparada para rivalizar com Worthington e Roberts.
Quem pode surpreender no torneio é a alemã Lara Lessmann. Ainda que não tenha conquistado nenhum grande título, é reconhecida no meio como uma ciclista que não deve demorar a fazer uma hegemonia. Ela já tem um ouro dos Jogos Olímpicos da Juventude e chega em Tóquio como campeã nacional.
MASCULINO
Balizamento: 30/07, às 23h20Final: 31/07, às 23h20
Favorito ao ouro: Logan Martin (AUS)
Favorito ao ouro: Logan Martin (AUS)
Candidatos ao pódio: Justin Dowell (USA), Nakamura Rim (JPN) e Daniel Dhers (VEN)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem
Na estreia da modalidade freestyle, o australiano Logan Martin é o principal favorito para a conquista do ouro. Martin passou a mostrar o seu talento quando tinha apenas 15 anos e desde então vem empilhando títulos atrás de títulos. Chega para os Jogos Olímpicos tendo duas medalhas de ouro no X Games BMX Park (2018, 2019) e venceu o evento masculino de estilo livre de BMX na Copa do Mundo de 2019 na China. Neste ano, conquistou o bi mundial na França e alcançou a primeira posição do ranking mundial.
Com apenas 21 anos, mas com muito talento, o norte-americano Justin Dowell promete em solo japonês. Com quatro participações no Campeonato Mundial, já conquistou duas medalhas douradas em 2018 e 2019. Atualmente, está em quarto no ranking da UCI.
Justin Dowell. Foto: Divulgação/Team USA
Ainda mais jovem que Dowell, o ciclista Nakamura Rim pode fazer história e conquistar a primeira medalha de ouro da disciplina. O japonês, de 19 anos, é um dos melhores do mundo no freestyle e é o primeiro da história de seu país a vencer a Copa do Mundo de BMX Freestyle, além de tornar-se o mais jovem medalhista de BMX Park da história dos X Games.
Um dos candidatos é venezuelano e um dos mais conhecidos do BMX Freestyle. Daniel Dhers é um atleta extremamente vencedor, tendo um ouro nos Jogos Pan-Americanos e cinco títulos de X Games. Dhers acredita que “lhe falta gasolina”, mas que com a experiência adquirida por mais de 20 anos, podem fazer toda a diferença para a lenda do BMX.
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