Japão e França conquistaram os ouros das duas categorias do judô dos Jogos Olímpicos de Tóquio em disputa nesta terça-feira (27), no Nippon Budokan. A francesa Clarisse Agbegnenou confirmou seu favoritismo e levou o título na categoria até 63kg, enquanto Nagase Takanori derrotou Saeid Mollaei para ser campeão do peso até 81kg.
Entre as mulheres, a pentacampeã mundial Agbegnenou conseguiu uma revanche da Rio-2016, enfrentando a eslovena Tina Trstenjak na final. Há cinco anos, Tina foi campeã olímpica após bater a francesa na decisão. Desta vez, os papéis se inverteram e Clarisse, que chegou na finalíssima após vencer três lutas, superou a adversária com um waza-ari.
A categoria até 63kg feminina foi a primeira em que uma judoca do Japão não chegou na sessão das finais. Tashiro Miku, a representante do país no peso, caiu logo em sua estreia, diante da polonesa Agata Ozdoba-Blach. A brasileira Ketleyn Quadros participou desta disputa, mas foi eliminada na repescagem. Os bronzes ficaram com a canadense Catherine Pinard e a italiana Maria Centracchio.
Se Tashiro decepcionou, Nagase Takanori ajudou seu país a manter a escrita de conseguir o ouro em todos os dias do judô em Tóquio-2020 até aqui. Para ficar com o título, ele superou cinco adversários, incluindo o mongol Saeid Mollaei na final, por waza-ari. O Japão tem cinco ouros em oito categorias já disputadas no Budokan, além de uma prata e um bronze.
Nagase e Mollaei na luta decisiva da categoria até 81kg (Foto: Sergio Perez/REUTERS) |
Iraniano de origem, Mollaei deserdou de seu país logo após o Mundial de 2019, quando ficou marcado por ser instruído por seus treinadores a desistir na semifinal para evitar um possível confronto com o israelense Sagi Muki na final da competição. Os árabes não reconhecem Israel como um Estado legítimo e, por isso, conflitam com os interesses da nação. Mollaei se fixou na Alemanha e passou a defender a Mongólia no ano passado.
Eduardo Yudy representou o Brasil entre os meio-médios masculinos e acabou eliminado logo na primeira rodada, justamente por Muki, que foi o "pivô" da situação envolvendo Mollaei. O israelense, que foi campeão mundial em 2019, acabou eliminado nas oitavas e também ficou sem medalhas. Os bronzes dessa disputa ficaram com Shamil Borchashvili, da Geórgia, e Matthias Casse, da Bélgica.
Foto de capa: Sergio Perez/REUTERS
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