A 15 minutos do aeroporto de Haneda e a 30 minutos da Vila Olímpica, o Centro Jovem da Comunidade de Ota foi a base escolhida pelo Time Brasil para receber boa parte da delegação brasileira. Por enquanto, é o local que mais tem membros da delegação brasileira, com cerca de 140 atletas treinando e dormindo no local.
Para que serve a base de treinamento do COB?
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Mateus Nagime, do Surto Olímpico, na entrada da base de Ota (Foto: Caio Poltronieri / Olimpíada Todo Dia) |
Desde Atlanta 1996, o Comitê Olímpico Brasileiro monta bases locais para aclimatar e organizar o trabalho do Time Brasil nas vésperas e durante os Jogos Olímpicos, o que talvez explique a mudança de patamar do Brasil no quadro de medalhas. A única exceção foi em Atenas 2004, quando o COB usou bases espalhadas por cidades europeias, uma tática que pode ser reutilizada para Paris 2024. Para Tóquio 2020, o COB pela primeira vez decentralizou suas bases em várias cidades dentro do mesmo país para garantir um melhor treinamento e aclimatação.
Aos poucos, os atletas começam a ir para a Vila Olímpica e a partir do dia 23 a base principal do Time Brasil será em Chuo. A base de Ota seguirá como centro de várias funções operacionais, como montagem de malas e uniformes e no dia 18 de agosto o Comitê Olímpico Brasileiro dará seu adeus a Ota. A Peak, patrocinadora dos uniformes do Time Brasil enviou direto da sua fábrica na China todas as roupas e acessórios usados. Aqui em Ota, costureiras brasileiras fazem os últimos ajustes e os funcionários da logística organizam as milhares de peças em malas personalizadas para os atletas.
Aos poucos, os atletas começam a ir para a Vila Olímpica e a partir do dia 23 a base principal do Time Brasil será em Chuo. A base de Ota seguirá como centro de várias funções operacionais, como montagem de malas e uniformes e no dia 18 de agosto o Comitê Olímpico Brasileiro dará seu adeus a Ota. A Peak, patrocinadora dos uniformes do Time Brasil enviou direto da sua fábrica na China todas as roupas e acessórios usados. Aqui em Ota, costureiras brasileiras fazem os últimos ajustes e os funcionários da logística organizam as milhares de peças em malas personalizadas para os atletas.
Ise Boaventura é a prefeita da base de Ota. É ela que coordenou desde 2017 toda logística para garantir que tudo funcione bem neste cantinho verde e amarelo. Uma das maiores dificuldades apontadas é o transporte, que especialmente no Japão precisa de muita antecedência para funcionar perfeitamente (o Surto Olímpico aprendeu isso da pior maneira na chegada a Tóquio!). E tem atleta chegando e saindo o dia todo, além das idas diárias aos treinos.
Mas tanto trabalho rende bons frutos. Ise disse que entre suas maiores satisfações foi ouvir de medalhistas olímpicos que a estrutura é "dos sonhos". O local, bem japonês na arquitetura e detalhes, é uma forma dos atletas se aclimatar um pouco, mas ainda se sentirem num espaço brasileiro. Tanto que Ise ainda comenta que outra unanimidade é a comida brasileira presente. Ela revela que especialmente para atletas que moram fora do país ou passaram muitas semanas em competições e treinos antes de chegar em Ota, o feedback é super positivo.
As preferências de cada atleta são levadas em conta, além da garantia de diversidade nos pratos, que podem agradar a todos os gostos. "São mais de 50 pratos, para garantir também que vários pratos regionais de todo o Brasil estejam presentes, além de refeições que os brasileiros gostam de comer, como spagheti e lasanha". O chef lembrou que não é nada fácil coordenar tudo isso e lamentou que "passo mais tempo em frente a planilhas do que no fogão".
Um dado curioso é que apenas 60% dos funcionários são oriundos do restaurante brasileiro. Os outros 40% são cozinheiros locais, que estão servindo a alimentação para os brasileiros que estão nas bases brasileiras em hoteis por todo o Japão. Porém, exigiu um treinamento a longo prazo para que os cozinheiros japoneses conseguissem preparar uma comida ao gosto brasileiro. "Agora, tem gente daqui que faz farofa até mais gostosa que a nossa", brinca Allan. A depender do que a gente experimentou em Ota, o patamar é bem alto.
Mas tanto trabalho rende bons frutos. Ise disse que entre suas maiores satisfações foi ouvir de medalhistas olímpicos que a estrutura é "dos sonhos". O local, bem japonês na arquitetura e detalhes, é uma forma dos atletas se aclimatar um pouco, mas ainda se sentirem num espaço brasileiro. Tanto que Ise ainda comenta que outra unanimidade é a comida brasileira presente. Ela revela que especialmente para atletas que moram fora do país ou passaram muitas semanas em competições e treinos antes de chegar em Ota, o feedback é super positivo.
Afinal, o que os atletas do Time Brasil comem no Japão?
O Surto Olímpico experimentou a feijoada preparada pela equipe do Saúde e Sabor, um restaurante de comida brasileira no Japão e que é responsável pela alimentação da delegação e aprovou!! Segundo o chef Allan Salles, apenas o feijão veio do Brasil. O arroz é tailandês, a carne veio da Austrália e Canadá, as frutas das Filipinas, Tailândia e Vietnã. Mas todos insumos internacionais se juntam para dar um tempero brasileiro especial.
As preferências de cada atleta são levadas em conta, além da garantia de diversidade nos pratos, que podem agradar a todos os gostos. "São mais de 50 pratos, para garantir também que vários pratos regionais de todo o Brasil estejam presentes, além de refeições que os brasileiros gostam de comer, como spagheti e lasanha". O chef lembrou que não é nada fácil coordenar tudo isso e lamentou que "passo mais tempo em frente a planilhas do que no fogão".
Um dado curioso é que apenas 60% dos funcionários são oriundos do restaurante brasileiro. Os outros 40% são cozinheiros locais, que estão servindo a alimentação para os brasileiros que estão nas bases brasileiras em hoteis por todo o Japão. Porém, exigiu um treinamento a longo prazo para que os cozinheiros japoneses conseguissem preparar uma comida ao gosto brasileiro. "Agora, tem gente daqui que faz farofa até mais gostosa que a nossa", brinca Allan. A depender do que a gente experimentou em Ota, o patamar é bem alto.
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