*Por Mateus Nagime
Olá, Surtados! Meu diário de hoje está curtinho pois sigo em deslocamento. No exato momento em que esta postagem está indo ao ar, estou sobrevoando algum local da Europa, já rumo a Tóquio. A previsão é que eu chegue pela noite na terra do sol nascente (manhã aí no Brasil), para já vivenciar o clima olímpico.
Após um voo tranquilo de quase 12 horas, cheguei pela manhã em Zurique, na Suíça. Como teria mais de 12 horas de conexão, saí do aeroporto para encontrar um amigo e ver um pouco a cidade que não visitava desde 2012. Infelizmente, não consegui ir ao Museu Olímpico - afinal fica em Lausanne - mas passei pelo Museu da FIFA, que estava fechado e fui almoçar a beira do Lago Zurique.
A cidade, que recebe alguns eventos esportivos importantes, poderia muito bem ser cidade olímpica, mas pelo que meu amigo me disse é muito difícil que um evento multi-esportivo desta magnitude seja realizado. Tudo por aqui é feito por referendo e o governo tentou criar por várias vezes um estádio de futebol, sempre negado por escolha popular. Só se o COI bancar tudo por aqui.
Por outro lado, vale destacar que Lausanne, onde fica a sede do COI, foi quem recebeu a última edição olímpica que vivenciamos, ainda num mundo pré-pandemia (ou em estágio inicial da crise sanitária). A cidade suíça foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em janeiro do ano passado. O brasileiro Noah Berthônico foi 11º colocado no snowboard cross na ocasião.
A Suíça parece uma utopia entre o Brasil que conta com milhares de morte diárias e o Japão, que tem a vacinação mal distribuída. Num país que já controlou e já tem vacinação encaminhada, ninguém precisa andar de máscara na rua. Nem em escritórios é necessário. Eu era o único de máscara enquanto muitas pessoas se banhavam no lago, faziam piqueniques no parque, comiam, bebiam ou simplesmente andavam. A tentação de tirar a máscara e respirar o ar livre era grande mas tentei me segurar ao máximo para evitar qualquer risco.
A Suíça tem média de cem casos por dia e apenas duas mortes. Torcer para o Japão estar tranquilo com as Olimpíadas. Meus contatos lá dizem que os japoneses estão um pouco assustados mas ao mesmo tempo devem tentar ser atenciosos com todos - desde que não quebrarem as regras. Agora estou embarcando. Torcer para dar tudo certo. Próxima parada: Tóquio!
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