O², molécula do oxigênio, H2O, fórmula química da água e C19H12, a fórmula molecular olímpica. Calma, não se trata de nenhuma substância ilegal que os atletas usam para se dopar e sim do Olimpiceno uma molécula sintetizada pela primeira vez em 2010, que tem a forma dos anéis olímpicos. O processo foi feito na Inglaterra e seu nome em inglês é Olympicene.
Ela foi feita em comemoração aos Jogos de Londres-2012. Os primeiros a sintetizá-la foram Anish Mistry e David Fox da Universidade de Warwick. Quem a concebeu foram Graham Richards, da Universidade de Oxford e Antony Williams, da Sociedade Real de Química.
A molécula é composta por 19 átomos de Carbono e 12 de Hidrogênio e não aparece de forma natural, por isso precisa ser sintetizada. A síntese é o processo de criação de um novo composto a partir de outro já existente. O Olimpiceno não serve só para ser parecida com os anéis olímpicos, ele pode ser aplicável em compostos eletrônicos, como led e painéis solares, porém não é utilizada
Isso foi de encontro com o fato de os Jogos de Londres-2012 terem sido as primeiras Olimpíadas sustentáveis da história. A ideia veio durante uma reunião da Sociedade Real de Química. "Eu estava em uma reunião do comitê da Royal Society of Chemistry, onde estávamos tentando pensar no que poderíamos fazer para marcar as Olimpíadas. Ocorreu-me que a molécula que desenhei se parecia muito com os anéis olímpicos e nunca tinha sido feita"- disse Williams.
A época, o professor Richard viu na semelhança com os anéis olímpicos, uma oportunidade de gerar interesse dos fãs em química. "Moléculas dessa natureza poderiam ter uso comercial, mas meu sentimento é que acima de tudo queremos despertar o interesse pela química provocado pela ligação com as Olimpíadas"- falou Richard à BBC antes dos Jogos.
Esse foi só mais um jeito de a ciência se aproximar do esporte. Hoje elas são inseparáveis, uma ajuda a outra em busca dos melhores resultados e de um melhor entendimento sobre o ser humano.
Foto em destaque: Reprodução
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