Foi a primeira medalha conquistada pelo Brasil nesta jornada olímpica. Agora, o Brasil tem 11 ouros, 5 pratas e 15 medalhas, 31 no total, ocupando a sexta colocação no quadro de medalhas. Foi o 98º ouro paralímpico da história do Brasil.
Como a medalha foi conquistada
Nas provas de campo para os atletas com deficiência motora, cada um faz todos seus lançamentos de uma vez. Como era o penúltimo da lista, Claudiney teve que esperar mais de uma hora para entrar, sabendo mais o menos do que ele precisava para vencer. O indiano Yogesh Kathuniya alcançou 44,38m em seu último lançamento e o cubano Leonardo Diaz Aldana tinha 43,36m, a frente do eslovaco Dusan Laczko.
E logo na primeira tentativa, o natural de Bocaiuva mostrou a que veio: Claudiney lançou a 44,57m assumindo a liderança. Em seguida, fez 43,77m e queimou a terceira marca. Enquanto esperava um novo disco, conversou muito a distância com seu treinador. O intervalo fez bem: lançou 44,92m e ampliou ainda sua vantagem.
Como o grego Konstantinos Tzounis ainda iria disputar a prova, não dava para dar bobeira. Após alguns minutos de intervalo, o atleta do Clube Amigos dos Deficidentes [CAD] de São José de Rio Preto conseguiu se superar a cada lançamento, marcando 45,25m e fechando literalmente com chave de ouro: 45,59m, novo recorde paralímpico. Ele também é dono do recorde mundial, 46,68m, alcançado por ele mesmo em 3 de junho de 2018.
O grego conseguiu apenas 42,86m, recorde europeu mas suficiente apenas para a quarta colocação e Claudiney pôde enfim comemorar. Kathuniya levou a prata e Diaz ficou com o bronze. Como atletas da F54 e F55 também competem, o sérvio Nebojsa Duric terminou em sétimo com 39,14m, marca que é novo recorde paralímpico na F55.
Fotos: Reprodução Paralympic Games/Youtube e Ale Cabral/CPB (treinamento em Hamamatsu)
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