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Claudiney Santos é bicampeão no lançamento de disco F56 com novo recorde paralímpico

Claudiney Santos sorri e faz sinal de jóia com a mão

A prova que abriu o programa do atletismo do sexto dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Tóquio trazia uma grande esperança para os brasileiros, já que Claudiney Santos era o atual campeão paralímpico. Era. Porque agora ele é bicampeão paralímpico no lançamento de disco da F56. Dominando a competição, ele conquistou o ouro mais uma vez com 45,59m, novo recorde paralímpico. 

Com o resultado em Tóquio 2020, ele conquistou sua terceira medalha paralímpica, já que além do ouro no disco na Rio-2016, ele também foi prata no lançamento de dardo F57/58 em Londres 2012.

Foi a primeira medalha conquistada pelo Brasil nesta jornada olímpica. Agora, o Brasil tem 11 ouros, 5 pratas e 15 medalhas, 31 no total, ocupando a sexta colocação no quadro de medalhas. Foi o 98º ouro paralímpico da história do Brasil.


Como a medalha foi conquistada

Com camisa de treino, Claudiney Santos se prepara para lançamento

Nas provas de campo para os atletas com deficiência motora, cada um faz todos seus lançamentos de uma vez. Como era o penúltimo da lista, Claudiney teve que esperar mais de uma hora para entrar, sabendo mais o menos do que ele precisava para vencer. O indiano Yogesh Kathuniya alcançou 44,38m em seu último lançamento e o cubano Leonardo Diaz Aldana tinha 43,36m, a frente do eslovaco Dusan Laczko


E logo na primeira tentativa, o natural de Bocaiuva mostrou a que veio: Claudiney lançou a 44,57m assumindo a liderança. Em seguida, fez 43,77m e queimou a terceira marca. Enquanto esperava um novo disco, conversou muito a distância com seu treinador. O intervalo fez bem: lançou 44,92m e ampliou ainda sua vantagem.


Como o grego Konstantinos Tzounis ainda iria disputar a prova, não dava para dar bobeira. Após alguns minutos de intervalo, o atleta do Clube Amigos dos Deficidentes [CAD] de São José de Rio Preto conseguiu se superar a cada lançamento, marcando 45,25m e fechando literalmente com chave de ouro: 45,59m, novo recorde paralímpico. Ele também é dono do recorde mundial, 46,68m, alcançado por ele mesmo em 3 de junho de 2018.



O grego conseguiu apenas 42,86m, recorde europeu mas suficiente apenas para a quarta colocação e Claudiney pôde enfim comemorar. Kathuniya levou a prata e Diaz ficou com o bronze. Como atletas da F54 e F55 também competem, o sérvio Nebojsa Duric terminou em sétimo com 39,14m, marca que é novo recorde paralímpico na F55.


Fotos: Reprodução Paralympic Games/Youtube e Ale Cabral/CPB (treinamento em Hamamatsu)

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