O Brasil agora se junta a Hungria, Uruguai, Argentina e Grã-Bretanha entre os países que conseguiram o bicampeonato consecutivo na história olímpica. Daniel Alves conquistou seu 42º título na carreira e "levantou a taça" que faltava que era a medalha de ouro olímpica.
Esse ouro é o sétimo do país em Tóquio, igualando a marca alcançada na Rio-2016. O Brasil assumiu a 12ª colocação do quadro de medalhas contando ainda com quatro pratas e oito bronzes.
A seleção jogou bem durante todo o primeiro tempo e cansou durante o segundo. O técnico André Jardine só foi mexer no fim do tempo regulamentar e mostrou ter estrela com o gol de Malcom, que foi quem entrou.
O autor do gol do título só conseguiu liberação do Zenit da Rússia no último momento e entrou na lista quando a FIFA e o COI liberaram a entrada de mais quatro jogadores.
O jogo
Os dois times começaram se estudando bastante, mantendo marcação alta e sem muita efetividade no ataque. A primeira chegada foi brasileira, com um cruzamento de Arana interceptado por Unai Simón. O ataque mais perigoso da Espanha veio aos 15 minutos, em jogada para Oyarzabal na pequena área e Diego Carlos afastando em cima da linha.
Com 24 minutos, Richarlison recebeu no lado esquerdo da área e chutou a bola na rede pelo lado de fora. No minuto 33, Mateus Cunha dividiu com o goleiro após cobrança de falta e o árbitro de vídeo interpretou a jogada como pênalti, o que foi confirmado pelo árbitro de campo.
Richarlison cobrou mal e mandou a bola por cima do gol.
Cobrança de Richarlison para fora (Foto: Stoyan Nenov/ Reuters) |
Já nos acréscimos, Claudinho cruzou forte na área, Daniel Alves evitou a saída da bola e a bola sobrou no meio para Matheus Cunha, que ganhou de três zagueiros e tocou a bola pro gol, 1 a 0 Brasil.
A seleção brasileira voltou querendo jogo. Com 6 minutos, Richarlison recebeu livre, deixou Oscar Gil no chão e finalizou. A bola desviou em no goleiro e bateu no travessão. A Espanha começou a reagir e a mandar bola na área brasileira. Foi assim que aos 14 minutos, Soler mandou na ponta esquerda para Oyarzabal bater de primeira e empatar o jogo.
O mesmo Soler minutos depois bateu de fora da área exigindo uma defesa em dois tempos do goleiro Santos. O jogo ficou por muito tempo sem grandes emoções, mas aos 40, de novo o meia espanhol assustou a defesa brasileira
Soler cruzou direto pra área, a bola encobriu o goleiro e bateu no travessão. Até o momento, o técnico Jardine não havia feito substituição. Aos 43, mais uma bola na trave, agora em chute de Bryan Gil.
A primeira substituição veio entre o fim do tempo normal e o início da prorrogação com a entrada de Malcom no lugar de Matheus Cunha. Foi o jogador do Zenit quem fez a primeira jogada de perigo da prorrogação com um chute desviado para fora.
Com 10 minutos da primeira parte da prorrogação, Arana tentou um chute cruzado e Simon defendeu. No intervalo da prorrogação, Jardine decidiu colocar Reinier no lugar de Claudinho, fazendo a segunda substituição do Brasil no jogo, naquele momento a Espanha já havia feito cinco.
Logo no começo da segunda etapa da prorrogação, o Brasil partiu no contra-ataque e Antony lançou Malcom que mandou no esquerdo do goleiro, desempatando o jogo e marcando o gol do ouro. Bruno Guimarães ainda tentou um chute de longe que foi para fora. A seleção segurou o jogo até o final e pode comemorar o ouro.
Ficha técnica:
Brasil: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos, Arana; Antony (Gabriel Menino), Bruno Guimarães, Douglas Luiz, Claudinho; Matheus Cunha (Malcom) e Richarlison (Paulinho).
Técnico: André Jardine
Espanha: Unai Simón; Cucurella (Miranda), Pau Torres, Éric Garcia, Óscar Gil (Vallejo); Mikel Merino (Soler), Zubimendi (Moncayola), Pedri; Dani Olmo , Asensio (Bryan Gil) e Oyarzabal (Rafa Mir).
Técnico: Luis de La Fuente
Gols: Matheus Cunha (46/1ºT) e Malcom (2/2ºP); Oyarzabal (16/2ºT)
Local: Estádio Internacional de Yokohama
Foto em destaque: Stoyan Nenov/ Reuters
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