O GOALBALL
O goalball é um esporte exclusivo para deficientes visuais. Criado em 1946 pelo austríaco Hans Lorenzen e pelo alemão Sepp Reindle para a reabilitação de veteranos da Segunda Guerra que acabaram ficando cegos durante o conflito, o goalball vai para sua 12ª edição de Paralimpíadas.
A modalidade entrou no programa em Montreal-1976 após servir de demonstração em 1972. Competem nele apenas deficientes visuais completos (B1) ou parciais (B2 e B3).
A partidas são realizadas em uma quadra de 9m de largura e 18m de comprimento. São dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe tem três jogadores e objetivo é fazer gols no adversário e defender sua baliza. Assim como no futebol de 5, a bola tem um guizo para auxiliar os atletas. Ela tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25kg.
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Goalball é o único esporte das Paralimpíadas que não é adaptado (Foto: Daniel Magno/Exemplus/CPB) |
Em Tóquio, as partidas não terão público em razão da pandemia de Covid-19, mas em situações normais, a torcida tem que ficar em silêncio durante toda a partida. Exceto em gols, paradas e no intervalo.
CLASSIFICAÇÕES
As três categorias competem juntas, variando o grau de deficiência visual do atletaB1 – Nesta categoria os atletas são cegos totais ou tem pouca percepção de luz, não conseguindo reconhecer o desenho de uma mão a sua frente.
B2 - Nesta categoria, os atletas conseguem visualizar vultos, mas ainda tem a visão bem comprometida.
B3 – Os atletas dessa classe são os de menor grau de deficiência, conseguindo definir imagens, mas eles também competem vedados.
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Há três classificações funcionais no goalball, mas todos os atletas competem em conjunto (Foto: Daniel Magno/Exemplus/CPB) |
HISTÓRICO DO BRASIL
O Brasil é uma das potências do goalball na atualidade, apesar de ter conquistado apenas duas medalhas - prata em Londres e bronze no Rio com a equipe masculina. O país começou a disputar a modalidade em Paralimpíadas na edição de Atenas-2004, quando foi apenas com a equipe feminina. Em Pequim, a delegação já foi com as duas equipes.
A partir da década de 2010, o país começou a crescer. No Parapan de Guadalajara-2011, a seleção masculina conquistou o ouro e a feminina, a prata. No ano seguinte, os homens conseguiram a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, o primeiro pódio da modalidade, que depois conquistou o bronze no Rio de Janeiro.
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Brasil perdeu para a Finlândia na decisão de Londres-2012 (Foto: Guilherme Taboada/CPB) |
No ciclo para a Rio-2016, o masculino foi campeão mundial em 2014, ao derrotar a Finlândia por 9 a 1 na final, em Helsinque. No Parapan de Toronto-2015, as duas seleções foram ouro derrotando os EUA, feito que foi repetido em Lima-2019.
Além de serem os atuais tricampeões pan-americanos, os homens chegam em Tóquio na condição de bicampeões mundiais, já que em 2018 conquistaram seu segundo título, em decisão vencida contra a Alemanha, por 8 a 3, em torneio disputado na Suécia.
BRASILEIROS CONVOCADOS PARA TÓQUIO-2020
MULHERESAna Carolina Duarte: B2
Idade: 34
Posição: Ala
Ana Gabriely Brito: B3
Posição: Ala
Ana Gabriely Brito: B3
Idade: 31
Posição: Pivô
Jéssica Vitorino: B3
Idade: 28
Posição: Ala
Kátia Aparecida: B1
Idade: 26
Posição: Ala
Moniza Aparecida de Lima: B2
Idade: 23
Posição: Pivô
Victória Amorim: B1
Idade: 23
Posição: Ala
Posição: Pivô
Jéssica Vitorino: B3
Idade: 28
Posição: Ala
Kátia Aparecida: B1
Idade: 26
Posição: Ala
Moniza Aparecida de Lima: B2
Idade: 23
Posição: Pivô
Victória Amorim: B1
Idade: 23
Posição: Ala
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Equipe brasileira em treinamento em Hamamatsu, já no Japão (Alê Cabral/CPB) |
Alex de Melo Souza:B2
Idade: 26
Posição: Ala
Emerson da Silva: B3
Idade: 22
Posição: Ala
José Roberto Oliveira: B1
Idade: 40
Posição: Pivô
Parazinho:B3
Parazinho:B3
Idade: 25
Posição: Ala
Leomon Moreno: B1
Posição: Ala
Leomon Moreno: B1
Idade: 28
Posição: Ala
Romário Diego Marques: B1
Idade: 32
Posição: Ala
No feminino o Brasil compete no grupo D ao lado de Egito, Estados Unidos, Japão e a Turquia, ouro na Rio-2016. O Grupo C é composto por Comitê Paralímpico Russo, Israel, China, Austrália e Canadá.
Brasil x Lituânia (masculino)
25/08, às 06h
Brasil x Estados Unidos (feminino)
26/08, às 01h15
Brasil x Estados Unidos (masculino)
26/08, às 21h30
Brasil x Japão (feminino)
27/08, às 06h30
Brasil x Argélia (masculino)
28/08, às 06h30
Brasil x Turquia (feminino)
28/08, às 21h
Brasil x Japão (masculino)
29/08, às 22h
Brasil x Egito (feminino)
Posição: Ala
Romário Diego Marques: B1
Idade: 32
Posição: Ala
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Seleção masculina de goalball, que é atual bicampeã mundial, vai em busca do segundo pódio paralímpico (Foto: Takuma Matsushita/CPB) |
PAÍSES PARTICIPANTES
O time masculino está no Grupo A com a Argélia, Estados Unidos Japão e a atual campeã paralímpica, Lituânia. No Grupo B jogam: Alemanha, Bélgica, Ucrânia, China e Turquia.No feminino o Brasil compete no grupo D ao lado de Egito, Estados Unidos, Japão e a Turquia, ouro na Rio-2016. O Grupo C é composto por Comitê Paralímpico Russo, Israel, China, Austrália e Canadá.
CALENDÁRIO
24/08, às 21hBrasil x Lituânia (masculino)
25/08, às 06h
Brasil x Estados Unidos (feminino)
26/08, às 01h15
Brasil x Estados Unidos (masculino)
26/08, às 21h30
Brasil x Japão (feminino)
27/08, às 06h30
Brasil x Argélia (masculino)
28/08, às 06h30
Brasil x Turquia (feminino)
28/08, às 21h
Brasil x Japão (masculino)
29/08, às 22h
Brasil x Egito (feminino)
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