Últimas Notícias

Guia Paralimpíadas Tóquio 2020: Tiro com arco

Quem pode participar do tiro com arco nas Paralimpíadas

TIRO COM ARCO

Uma das seis modalidades que fazem parte do programa paralímpico desde a primeira edição dos Jogos, em Roma 1960, o tiro com arco já distribuiu ao todo 477 medalhas, sendo que suas maiores potências são a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

O tiro com arco passou por algumas mudanças dentro do programa esportivo dos Jogos Paralímpicos, chegando a ter 18 eventos numa única edição. Para os Jogos de Tóquio 2020, os organizadores definiram a realização de nove eventos, sendo três masculinos, três femininos e três mistos.

Ao contrário dos Jogos Olímpicos, as disputas nos Jogos Paralímpicos contam com eventos de arco composto (Foto: Takuma Matsushita/CPB)
As regras do tiro com arco paralímpico são as mesmas do olímpico. Os atletas devem acertar a flecha o mais próximo possível do centro do alvo, que tem 1,22m de diâmetro e fica posicionado a 70 metros da área de disparo. Porém, existem diferenças entre os arcos utilizados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O recurvo (único equipamento usado nos Jogos Olímpicos), tem suas cordas fixadas diretamente nas lâminas e não possui um sistema de roldanas, o que torna esse tipo de arco mais rústico e seu disparo mais difícil. Já o arco composto é mais moderno, utiliza um esquema de cabos e polias que minimizam o esforço do arqueiro e proporcionam um disparo mais preciso.

O objetivo do tiro com arco nos Jogos Paralímpicos é o mesmo que na modalidade sem adaptações: acertar a flecha o mais perto possível do centro do alvo (Foto: Takuma Matsushita/CPB)

CLASSIFICAÇÃO

Dentro da modalidade há duas classes.

Classe W1 (arco composto): é voltada para arqueiros com deficiência grave em três ou quatro membros. Essa classificação terá três dos nove eventos paralímpicos.

Classe Open (arco recurvo ou composto): é para atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior) ou dois desses membros do mesmo lado do corpo.

HISTÓRICO DO BRASIL

Logo em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, em Heidelberg 1972, na Alemanha, o Brasil classificou um arqueiro para o megaevento. Trata-se de Robson Sampaio de Almeida, que terminou a competição da categoria “Men's St. Nicholas Round Paraplegic”, com a 25ª colocação, marcando 474 pontos, 244 a menos que o terceiro colocado e último integrante do pódio.

Robson é um dos fundadores do Clube do Otimismo, que ajudou no desenvolvimento do esporte paralímpico brasileiro (Foto: Reprodução)

É muito importante ressaltar que Robson é um dos paratletas mais importantes da história do nosso país. Em Heidelberg 1972, ele disputou três modalidades: atletismo (lançamento de dardo), basquete em cadeira de rodas e tiro com arco. Já em Toronto 1976, ele foi medalhista de prata no Lawn Bowls (esporte semelhante a bocha), ao lado de Luis Carlos Costa. Essa foi a primeira medalha paralímpica do Brasil na história.

Depois disso, nosso país contou com representantes na modalidade apenas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Oito atletas (quatro mulheres e quatro homens) disputaram o evento e fizeram boas campanhas.

O destaque foi para Luciano Rezende, que disputou a medalha de bronze, mas terminou na quarta colocação na categoria Open do arco recurvo, após perder o duelo contra o iraniano Ebrahim Ranjbarkivaj.

Luciano Rezende ficou muito perto da medalha de bronze, mas mesmo terminando em 4º lugar, fez história para o esporte paralímpico nacional (Foto: Danilo Borges /Brasil2016)

Mas a campanha brasileira não se limitou à semifinal de Luciano Rezende. Nossa delegação ainda alcançou outras três quartas de final. No Open de arco composto, Jane Karla Gogel foi derrotada pela chinesa Lin Yueshan (medalhista de prata). Já no Open composto masculino, Andrey Muniz de Castro parou diante o estadunidense Andre Shelby, e Francisco Cordeiro e Fabiola Dergovics, da equipe mista do Open de arco recurvo, chegaram a vencer a Coreia do Sul, mas perderam para a Itália.

Para Tóquio 2020, o Brasil conta com seis arqueiros, três mulheres e três homens.

Equipe brasileira de tiro com arco fez sua aclimatação para Tóquio 2020, na cidade de Hamamatsu (Foto: Takuma Matsushita/CPB)

BRASILEIROS EM TÓQUIO

Andrey Muniz de Castro: Open masculino - arco composto
Participações paralímpicas: 1 (Rio 2016)

Fabíola Lorenzi Dergovics: Open feminino - arco recurvo
Participações paralímpicas: 1 (Rio 2016)

Helcio Luiz Jaime Gomes Perilo: W1 masculino
Participações paralímpicas: 0

Heriberto Alves Roca: Open masculino - arco recurvo
Participações paralímpicas: 0

Jane Karla Rodrigues Gogel: Open feminino - arco composto
Participações paralímpicas: 3 (Pequim 2008 e Londres 2012, no tênis de mesa, e Rio 2016 no tiro com arco)

Rejane Candida da Silva: W1 feminino
Participações paralímpicas: 1 (Rio 2016, no tênis em cadeira de rodas)

Rejane Candida disputou os Jogos Paralímpicos Rio 2016, no tênis em cadeira de rodas (Foto: Takuma Matsushita/CPB)

DISPUTAS

HOMENS: W1, Open arco recurvo e Open arco composto
MULHERES: W1, Open arco recurvo e Open arco composto
MISTAS: W1, Open arco recurvo e Open arco composto

CALENDÁRIO

W1 - masculino
Ranking round: 27/08
Final: 31/08

W1 - feminino
Ranking round: 27/08
Final: 01/09

W1 - equipes mistas
1ª fase: 29/08
Final: 29/08

Open arco recurvo - masculino
Ranking round: 28/08
Final: 04/09

Open arco recurvo - feminino
Ranking round: 27/08
Final: 02/09

Open arco recurvo - equipes mistas
1ª fase: 04/09
Final: 05/09

Open arco composto - masculino
Ranking round: 28/08
Final: 01/09

Open arco composto - feminino
Ranking round: 27/08
Final: 30/08

Open arco composto - equipes mistas
1ª fase: 29/08
Final: 30/08

0 Comentários

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar