O VÔLEI SENTADO
O vôlei sentado tem praticamente o mesmo formato do voleibol olímpico, com partidas em melhor de 5 sets e seis atletas de cada lado. Ou seja, dois times se enfrentam em busca de vencer 3 sets para sacramentar a partida.
As principais diferenças entre o vôlei sentado e o vôlei convencional são a altura da rede e o tamanho da quadra. O local de jogo tem 10m de comprimento por 6m de largura, enquanto a rede possui 1,15m no masculino e 1,05m no feminino, adaptados para o vôlei sentado, de menor locomoção dos atletas.
Em relação às regras, elas são praticamente idênticas ao vôlei olímpico. A única exceção é quanto aos saques. Eles são invioláveis no vôlei, mas podem ser bloqueados no vôlei sentado, o que muda demais a estratégia de jogo. O time masculino do Irã, por exemplo, tem em Morteza Mehrzad sua principal arma nos bloqueios. O atacante tem 2,46m, o segundo homem mais alto do planeta.
Mehrzad ajudou o Irã a ser campeão paralímpico na Rio-2016 (Foto: Tasmin News Agency) |
O vôlei sentado possui a competição em ambos os naipes, para homens e mulheres, igualmente no vôlei regido pela FIVB.
Ambas as seleções brasileiras conquistaram a vaga paralímpica via Jogos Parapan-Americanos de Lima-2019. Os homens foram campeões, enquanto as meninas ficaram com a prata.
Os bons resultados do ciclo colocaram os homens para a segunda posição do ranking mundial, só atrás dos campeões paralímpicos do Irã.
No Mundial de 2018, em Arnhem (NED), a seleção brasileira masculina ficou com o bronze após perder a semifinal para a Bósnia - prata na Rio-2016 e atual número 4 do mundo - e vencer a Ucrânia na disputa do terceiro lugar. Além disso, o título em Lima foi o tetracampeonato em sequência no Parapan.
Por outro lado a seleção feminina não obteve um ciclo tão positivo. No Parapan de Lima, o time levou a prata, perdendo a final para o EUA, atuais campeãs paralímpicas. No Mundial de 2018, as brasileiras caíram nas quartas-de-final para as russas, que vieram a serem campeãs do mundo.
Treinamento da seleção feminino (Foto: Ale Cabral/CPB) |
CLASSIFICAÇÃO
A classificação no vôlei sentado se dá por deficiência física relacionada à locomoção. São dois grupos: VS1 e VS2.
Os atletas da classe VS1 são os que possuem maior impacto nas funções em quadra, como por exemplo os que têm amputação de perna. Já os da classe VS2, são aqueles que têm deficiências de menor impacto e interferência nas ações do vôlei sentado. Exemplo: amputação de parte do pé.
As seleções brasileiras presentes em Tóquio contam com três atletas da VS2 em cada naipe.
HISTÓRICO DO BRASIL
Treino da seleção masculina (Foto: Ale Cabral/CPB) |
A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) é a associação que rege o vôlei sentado no Brasil, sendo filiada ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e reconhecida pela World Paravolley (WPV).
A modalidade é paralímpica desde 1980, mas o Brasil só estreou nos Jogos Paralímpicos em Pequim-2008 com a seleção masculina. Lá, nossos representantes ficaram com a 6ª posição. Quatro anos depois, em Londres, a delegação brasileira já contava com ambos os naipes em disputa. Tanto os homens quanto as mulheres bateram na trave e ficaram com a 5ª posição.
A essa altura, as meninas já eram prata dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara-2011, enquanto a seleção masculina vinha com uma prata em Santo Domingo-2003 e o bicampeonato Parapan-Americano no Rio-2007 e Guadalajara-2011.
Brasil vai em busca da medalha inédita (Foto: Enrique Cuneo/Lima 2019 |
A seleção feminina voltou a ser prata em Toronto-2015 e recentemente foi novamente vice-campeã em Lima-2019. Todas as derrotas foram diante das favoritas norte-americanas. Na Rio-2016 veio a maior conquista, a sonhada medalha de bronze olímpica após vitória por 3 sets a 0 contra a Ucrânia em um ginásio lotado no Riocentro.
Diferentemente das meninas, os homens ainda não têm medalha olímpica no vôlei sentado, mas são os atuais tetracampeões do Parapan-Americano (2007, 2011, 2015 e 2019) além de duas pratas (2014 e 2016) e um bronze (2018) em Mundiais.
Brasil fazendo a festa pós-bronze no Rio (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br) |
BRASILEIROS EM TÓQUIO-2020
FEMININO
Adria Jesus da Silva: VS1Idade: 38 anos
Posição: Levantadora e atacante
Medalhas: Bronze (2016)
Ana Luísa Soares: VS2
Idade: 20 anos
Posição: Central
Medalhas: Estreante
Bruna Lima: VS1
Idade: 31 anos
Posição: Central
Medalhas: Estreante
Camila Maria Castro: VS2
Idade: 39 anos
Posição: Central
Medalhas: Bronze (2016)
Edwarda Dias: VS1
Idade: 22 anos
Posição: Levantadora e atacante
Medalhas: Bronze (2016)
Gizele Dias: VS1
Idade: 43 anos
Posição: Líbero
Medalhas: Bronze (2016)
Jani Batista: VS1
Idade: 35 anos
Posição: Ponteira
Medalhas: Bronze (2016)
Laiana Batista: VS1
Idade: 39 anos
Posição: Central
Medalhas: Bronze (2016)
Luisa Fiorese: VS2
Idade: 24 anos
Posição: Central
Medalhas: Estreante
Nathalie Silva: VS1
Idade: 24 anos
Posição: Ponteira
Medalhas: Bronze (2016)
Nurya Silva: VS1
Idade: 30 anos
Posição: Levantadora
Medalhas: Bronze (2016)
Pâmela Pereira: VS1
Idade: 33 anos
Posição: Ponteira
Medalhas: Bronze (2016)
MASCULINO
Anderson Santos: VS1Idade: 37 anos
Posição: Central
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Alex Witkovski: VS1
Idade: 28 anos
Posição: Ponteiro
Medalhas: Estreante
Daniel Jorge Silva: VS1
Idade: 40 anos
Posição: Levantador
Medalhas: Prata Mundial 2014 e 2016; Bronze Mundial 2018
Daniel Yoshizawa: VS1
Idade: 35 anos
Posição: Levantador
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Diogo Rebouças: VS2
Idade: 37 anos
Posição: Ponteiro
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Fabrício Pinto: VS2
Idade: 27 anos
Posição: Oposto
Medalhas: Prata Mundial 2014 e Bronze Mundial 2018
Gilberto da Silva (Giba): VS1
Idade: 42 anos
Posição: Ponteiro
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Leandro Silva: VS2
Idade: 37 anos
Posição: Central
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Renato Oliveira: VS1
Idade: 39 anos
Posição: Líbero
Medalhas: Prata Mundial 2014 e Bronze Mundial 2018
Samuel Arantes: VS1
Idade: 34 anos
Posição: Ponteiro
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Wellington da Anunciação: VS1
Idade: 36 anos
Posição: Ponteiro
Medalhas: Prata Mundial 2014 e Bronze Mundial 2018
Wescley Oliveira: VS1
Idade: 37 anos
Posição: Central
Medalhas: Bronze Mundial 2018
Brasil enfrentando os Estados Unidos no Parapan de Lima (Foto: Rodolfo Vilela/Rededoesporte.gov.br) |
PAÍSES PARTICIPANTES
Homens: Bósnia e Herzegovina, Comitê Paralímpico Russo, Egito e Japão (grupo A); e Alemanha, Brasil, China e Irã (grupo B);
Mulheres: Brasil, Canadá, Japão e Itália (grupo A); e China, Comitê Paralímpico Russo, Estados Unidos e Ruanda (grupo B).
CALENDÁRIO
27/08, às 06h30Brasil x Canadá (feminino)
28/08 às 06h30
Brasil x China (masculino)
29/08, às 08h30
Brasil x Japão (feminino)
30/08, às 08h30
Brasil x Irã (masculino)
31/08, às 02h
Brasil x Alemanha (masculino)
31/08, às 22h
Brasil x Itália (feminino)
02/09, a partir das 06h30
semifinais masculinas
03/09, a partir das 06h30
semifinais femininas
04/09, às 07h
final masculina
04/09, às 22h
final feminina
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