Esta é a primeira medalha brasileira nesta Paralimpíada fora da natação. Até então, o Brasil já havia conquistado cinco pódios, sendo um ouro, uma prata e três bronzes, todos vindos da natação. Agora, Jovane começa a diversificar o leque do país. O esgrimista também faturou sua segunda medalha paralímpica, após o ouro em Londres-2012, nesta prova.
Apesar de fazer uma campanha consistente na fase de grupos, com quatro vitórias e uma derrota, o brasileiro enfrentou o iraquiano Ali Ammar, a quem nunca tinha vencido. Apesar de estar sempre na frente, o brasileiro viu o medalhista de prata na Rio-2016 empatar em 8 a 8, mas a partir daí largou na frente e venceu por 15 a 10.
Contra o britânico Dimitri Coutya, líder do ranking e que havia passado em primeiro na fase de poules. O britânico saiu na frente, mas ainda no meio do combate Jovane virou e fechou em 15-12, se garantindo na final.
Já na final, Jovane não foi páreo para Kuzyukov. O russo dominou o jogo desde o início e chegou a abrir 11-3 nos primeiros momentos. O brasileiro até esboçou uma reação ao marcar três pontos consecutivos, mas acabou derrotado em 15-8.
Na disputa de bronze, deu Coutya. O bicampeão mundial (2017 e 2019) venceu Andrei Pranevich, de Belarus, por 15 a 11. Seu caminho para a medalha incluiu uma vitória especial, diante do ucraniano Anton Datsko, dono de seis títulos mundiais e ouro no sabre na Rio-2016 a quem considera um dos seus heróis. Coutya derrotou por 15 a 13 o ucraniano de 38 anos nas quartas de final.
*com Mateus Nagime
Foto de capa: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br
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