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Kelvin Hoefler admite maior visibilidade, mas afirma: "o skate nunca precisou da Olimpíada"


Dono da primeira medalha olímpica do skate brasileiro, Kelvin Hoefler apresentou uma opinião polêmica sobre a entrada da modalidade no programa olímpico. Em entrevista ao programa Pânico da Rádio Jovem Pan, ele confessou que a estreia do skate nas Olimpíadas foi boa para o esporte e para a competição, mas garantiu que a modalidade nunca precisou estar lá

“A gente, skatista, dos esportes radicais, nunca precisou de Olimpíadas. A gente já tem o X- Games, com competição de moto, bicicleta, skate... Foi bom pela visibilidade o skate estar na Olimpíada, que precisava também de uma rejuvenescida, o que foi bom para ambas partes. Mas uma coisa é fato, a gente nunca precisou e nem queria estar lá (nos Jogos Olímpicos)”, disse Hoefler, que faturou a prata no street.

O skatista também esclareceu seu lado na discussão com Letícia Bufoni e a Confederação Brasileira de Skate, que eclodiu durante a Olimpíada:

“Eu sou 'bem na minha', o pessoal que veio querer 'tretar' porque não faço parte de um grupo. Eu fui pra Olimpíada totalmente independente, não fui ficar de ideia, fui fazer meu trabalho e voltar. Eu tenho uma ideologia totalmente diferente do pessoal que estava competindo. Ela foi infeliz naquela hora, para que ela foi falar aquelas 'paradas'?", questionou o paulista.

"A gente ganhou a medalha não só pra mim, foi pro skate brasileiro. Ela foi querer se colocar numa posição, mas talvez nem foi ela que quis falar aquela parada, ela foi induzida a chegar e falar, mas infelizmente eu não curti, muita gente não curtiu. Quem perdeu foi o skate”, falou.

Entre outros destaques da entrevista, Hoefler também falou sobre sua infância, quando começou a andar de Skate e conheceu o cantor Chorão, falecido vocalista da banda Charlie Brown Jr, que foi grande incentivador da carreira de Kelvin.

“O Chorão foi o meu segundo pai, ele me ajudou demais quando eu ia pra Santos, tinha que pegar um ônibus e atravessar a balsa, pegar a barquinha e mais outro ônibus em Santos. Eu chegava lá e ele estava andando. Ele me chamava pra ir na pista, dizia que o pessoal queria me conhecer, andar de skate e se divertir.

"A essência do skate é essa, criar amizade e ser companheiro. Ele me chamava sempre e eu treinava na pista dele, o meu skate evoluiu. Eu estou onde estou hoje por causa do Chorão, ele me ajudou a abrir minha cabeça pelo skate, pelas amizades, todos que estavam ali juntos. Eu abri um leque mental muito grande. Eu agradeço ao Chorão porque ele mudou a minha vida", concluiu o vice-campeão olímpico.

Você pode conferir a entrevista na íntegra clicando aqui.

Foto: Jonne Roriz/COB




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