O queniano Eliud Kipchoge confirmou o favoritismo e levou neste sábado (7, domingo no Japão) o ouro na maratona masculina de Tóquio-2020. A prova foi realizada em Sapporo, devido ao forte calor que atinge a capital japonesa nesta parte do ano. Mesmo assim, 28 aletas desistiram da prova em razão das condições climáticas. A temperatura batia os 27ºC e a umidade estava em 71%.
Kipchoge fez o percurso em 2:08:38, seis centésimos abaixo do tempo feito na Rio-2016, quando também levou o ouro. O recordista mundial da maratona e único a baixar de duas horas, em evento privado, ficou na frente durante toda a prova e depois dos 30km, quando começou a arrancar, não teve nenhum adversário incomodando.
O Quênia esperava fazer um pódio triplo porém, Amos Kipruto acabou desistindo em razão do calor e Lawrence Cherono, que estava na segunda colocação até os 41km, foi ultrapassado pelo neerlandês Abdi Nageeye e pelo belga Bashir Abdy na reta de chegada e perdeu a medalha.
Abdi, prata, e Bashir, medalha de bronze, são somalis e o neerlandês avisou ao compatriota assim que tomou a segunda colocação, que ele também conseguiria passar e ambos irão subir ao pódio na cerimônia de encerramento.
O único brasileiro a terminar a prova foi Paulo Roberto de Paula, que terminou em 69º, com o tempo de 2:26:08, seu melhor tempo na temporada. Daniel Chaves da Silva não se sentiu bem e saiu da prova ainda no começo.
Daniel Nascimento estava fazendo uma grande prova passando até os 22km no pelotão da frente. Ele protagonizou um momento muito bonito com Kipchoge, que estava com uma pulseira do Instituto Ayrton Senna, enquanto o brasileiro usava uma pulseira com as cores do Brasil e do Quênia. Quando chegou no km 26, Daniel caiu passando mal e teve que ser atendido pela equipe médica da prova.
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— Surto Olímpico (@SurtoOlimpico) August 7, 2021
Nada como ter como parça o atual campeão Olímpico, né Daniel?#SurtoEmTóquio pic.twitter.com/xGVAM06R4p
Devido a exaustão física, alguns atletas tiveram que sair de cadeira de rodas da linha de chegada. Um resultado de destaque foi o do atleta da Equipe Olímpica de Refugiados Tachlowini Gabryiesos, 16º colocado, nascido na Eritreia e atualmente baseado em Israel.
Gabriyesos faz pose para foto comemorando seu resultado (Foto: Feline Lim/ Reuters) |
A cerimônia de premiação ocorrerá como manda a tradição durante a cerimônia de encerramento em Tóquio. A festa que fecha as Olimpíadas começará às 08h de domingo no horário de Brasília.
Foto em destaque: Kim Hong-Ji/ Reuters
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