O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou neste domingo (29) o falecimento do ex-presidente da entidade, Jacques Rogge, de causas naturais. O belga, que presidiu a entidade entre 2001 e 2013, tinha 79 anos. Ele deixa sua mulher, dois filhos e dois netos.
Rogge foi jogador de rugby e campeão belga da modalidade, chegando a ser convocado para a seleção local. Mas foi na vela que Jacques entrou pela primeira vez em contato com os Jogos Olímpicos, participando das edições da Cidade do México-1968, Munique-1972 e Montreal-1976.
Após se aposentar, Jacques entrou em 1988 para o Comitê Executivo do COI e no ano seguinte foi eleito presidente do Comitê Olímpico Belga e do Comitê Olímpico Europeu, cargos que ocupou até 1992 e 2001, respectivamente.
No dia 16 de julho de 2001, Rogge foi eleito presidente da entidade máxima do esporte substituindo o espanhol Juan Antonio Samaranch. Ele teve como principal marca na presidência levar a edições de Jogos para países menos desenvolvidos, reduzindo custos para sua realização. Foi em sua gestão que começaram os Jogos da Juventude de verão e de inverno.
O belga também atuou para que casos de doping fossem severamente punidos e chegou a denunciar casos de corrupção envolvendo dirigentes que faziam de tudo para que atletas de seus países não sofressem sanções.
Nos Jogos de Inverno de Salt Lake City-2002, ele fez história ao ser o primeiro presidente do COI a se hospedar dentro da vila dos atletas. Ele foi reeleito em 2005 e 2009.
No dia 2 de outubro de 2009, Rogge ficou imortalizado na memória dos brasileiros ao anunciar a cidade do Rio de Janeiro como sede da edição de 2016. Ele saiu da presidência em 2013, sendo substituído pelo alemão Thomas Bach, atual mandatário da entidade. Jacques também era médico ortopedista.
Em homenagem, a bandeira olímpica ficará hasteada nos próximos cinco dias a meio mastro em todos as sedes do COI, que convidou os comitês nacionais para fazerem o mesmo em seus prédios.
Acima de tudo, Jacques amava o esporte e estar com os atletas. E ele transmitiu essa paixão a todos que o conheceram. Sua alegria no esporte era contagiante." disse Thomas Bach.
Foto em destaque: Reuters
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