Soufiane El Bakkali deu o primeiro ouro de Marrocos na Olimpíada de Tóquio. O corredor venceu nesta segunda-feira (02) os 3.000m com obstáculos do atletismo, marcando 8:08.90, e também tornou-se o primeiro não-queniano a vencer a prova em 40 anos. A prata foi para o etíope Lamecha Girma e o bronze ficou com o queniano Benjamin Kigen.
El Bakkali foi bronze nesta prova no Mundial de 2019 e prata em 2017. Ele já havia batido na trave por um pódio olímpico na Rio-2016, quando terminou na quarta colocação. Desta vez, fez valer seus bons resultados no ciclo para faturar o ouro. O marroquino venceu com mais de um segundo de margem sobre Girma (8:10.38), que foi vice-campeão mundial em 2019.
O ouro de El Bakkali é histórico pela quebra de dois jejuns. O primeiro deles é o fim de uma das hegemonias olímpicas mais antigas que permanecia de pé até os dias atuais: o Quênia tinha uma sequência de nove ouros consecutivos nos 3.000m com obstáculos - venceu todas as edições de Los Angeles-1984 até a Rio-2016, com direito a dobradinha em oito dela. É a primeira vez em mais de 40 anos que um atleta não-queniano triunfa na prova.
O outro jejum quebrado é o de 17 anos de Marrocos sem ouros olímpicos. O último título havia sido em Atenas-2004, com Hicham El Guerrouj, que venceu os 1.500m e os 5.000m daquela edição. Na Rio-2016, o país faturou apenas uma medalha, um bronze com Mohammed Rabii, no boxe. Atletismo e boxe, aliás, deram todas as 24 medalhas olímpicas da história de Marrocos.
Surte +: Sifan Hassan conquista o ouro nos 5.000m rasos
Foto de capa: Aleksandra Szmigiel/REUTERS
0 Comentários