A tenista japonesa Osaka Naomi revelou em entrevista coletiva após sua derrota diante Leylah Fernandez no US Open, que não sabe quando voltará às quadras. De acordo com a própria atleta, ela não se sente feliz ao triunfar e sim "aliviada". Em Roland Garros, Osaka já havia alertado que estava passando por períodos de depressão e ansiedade, recorrentes desde seu primeiro título de Grand Slam, conquistado em 2018, no US Open. Ela chegou a ficar fora do Torneio de Wimbledon e retornou apenas nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
"Recentemente, quando eu ganho jogos, não me sinto feliz. Eu me sinto aliviada. E quando perco, me sinto muito triste e não acho que isso seja normal. Eu realmente não queria chorar, mas basicamente sinto que, (Osaka começa a chorar no meio de sua fala), estou meio nesse ponto em que estou tentando descobrir o que quero fazer e, honestamente, não sei quando vou jogar minha próxima partida de tênis", concluiu a tenista, chorando.
Em junho, o site Surto Olímpico contou com uma edição da coluna Gran Willy, em que o aspecto psicológico dos tenistas foi abordado. Com falas importantes da psicologa e jornalista Katia Rubio, e do tenista Marcelo Zormann, o texto ajuda a entender o contexto em que atletas começam a sofrer com problemas psicológicos, além da importância de buscar ajuda profissional.
"Uma atleta visível como a Osaka, não é só uma pessoa que entra em quadra para jogar. Ela carrega contratos milionários, carrega a responsabilidade da equipe, ela é um produto. E nesta condição, ela está no mercado, que é cruel. Se você não vende, você sai da prateleira", disse Katia Rubio, se referindo a dificuldade de lidar com a pressão de ser uma atleta constantemente exposta na mídia.
Para ler mais sobre o tema na Coluna Gran Willy, clique aqui.
Foto: Cesarin Mateo/USTA
0 Comentários