Ricardo Mendonça fez sua corrida da vida e conquistou a medalha de bronze nos 200m rasos T37 masculino nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e garantindo sua melhor marca da carreira. O norte-americano Nick Mayhugh bateu de forma avassaladora o recorde mundial que já era dele, com 21.91 para levar o ouro, a frente do russo Andrei Vdovin, 22.24, melhor que o recorde mundial anterior.
O Brasil chegou a 64 medalhas em Tóquio 2020. Por enquanto, o país tem 21 ouros, 16 pratas e 27 bronzes, tendo alcançado três pódios na noite de sexta-feira, com ouro de Fernando Rufino e a prata de Giovane Vieira na canoagem. O número de ouros permanece em 21 pela perda do ouro por Thiago Paulino. Outros cinco brasileiros disputaram provas no Estádio Olímpico, enquanto rivais do Brasil na briga pelo top5 tiveram revezes nas finais do dia. Confira tudo em sequência.
Dedo de Joaquim Cruz no ouro estadunidense
Nick Mayhugh liderou a corrida do início ao fim nos 200m rasos T37. Ricardo Mendonça começou muito bem e chegou na curva ao lado do estadunidense. Já na linha reta, Andrei Vdovin acelerou muito firme para ultrapassar o atleta da Associacao Paraolimpica de Campinas e garantir a prata com segurança, enquanto Chermen Kobesov ameaçou o brasileiro, que se segurou ao máximo para ficar com o bronze. Ao final muita comemoração com o compatriota Christian Gabriel, oitavo na final com 23.49.Foi o terceiro ouro e quarta prata de Mayhugh em seus primeiros Jogos Paralímpicos. Jogador de futebol de 7, foi medalhista de bronze no Para-Pan de Lima no esporte que não faz parte do programa paralímpico. E a conversão dele em uma das estrelas de Tóquio teve dedo verde e amarelo. No Peru, ele conversou com o brasileiro Joaquim Cruz, medalhista de prata em Los Angeles 1984 e técnico da seleção estadunidense de paraatletismo, e decidiu treinar para o atletismo.
Argentina é bronze e Austrália perde ouro no T36
Nos 100m masculino T36, o australiano James Turner, dono do recorde mundial (11.72) e que tinha batido o recorde paralímpico nas eliminatórias (11.87) não foi páreo para o chinês Deng Peicheng, que venceu com 11.85, novo recorde paralímpico. Turner levou a prata com 12.00 e o argentino Alexis Sebastian Chavez ficou com o bronze, com 12.02. A prova também contou com o brasileiro Aser Ramos, que já correu abaixo dos 12 segundos, mas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio terminou em sexto, com 12.32.O bronze de Chavez foi a oitava medalha da Argentina em Tóquio 2020, que agora tem 4 ouros e 4 pratas e nove medalhas garantidas. O país disputa a final do futebol de 5 contra o Brasil às 5 e meia da manhã, no que deve ser a última chance de levar um ouro em Tóquio 2020. Com 19 anos, o adolescente de Pergamino havia vencido ouro nos 100m e 400m rasos no Para Pan de 2019 quando tinha apenas 17 anos.
Ucraniano fica com prata e russo bate recorde mundial no T35
Nos 200m masculino T35, o brasileiro Fabio Bordignon tinha terminado em sexto com 26.50, mas foi posteriormente desclassificado por violação de raia. Dono do melhor tempo do mundo até hoje, o ucraniano Igor Tsvietov não só terminou com a prata (23.25), como também viu seu recorde mundial ser superado pelo russo Dmitri Safronov, que correu para 23.00. O bronze também foi para o Comitê Paralímpico russo, com Artem Kalashian, com o tempo de 23.75.Brasileiras em ação na última sessão diurna do atletismo
Poliana Jesus terminou na sétima colocação na final do lançamento do dardo F54. Ela foi a primeira a fazer sua participação e teve como melhor marca 13,69m, quase dois metros abaixo de seu recorde pessoal (15,54m). O ouro ficou com a nigeriana Flora Ugwunwa, com 19.39, a frente de Nurkhon Kurbanova, que levou a prata com 18.38. O bronze ficou com a chinesa Yang Liwan, com 17.83.Nas eliminatórias dos 100m rasos feminino T63, Ana Claudia Silva ficou em quinto lugar em sua bateria, correndo a 16.63, quase um segundo de sua melhor marca que lhe daria vaga na final. Com o resultado ela terminou em 10º lugar.
Já nos 200m rasos femininos T47, Fernanda Yara fez uma boa prova e terminou em terceiro lugar com 26.65 atrás da venezuela Lisabeli Marina Vera e da norte-americana Brittni Mason. Além das seis vagas oferecidas para as duas primeiras de cada bateria, havia duas outras vagas por tempo, mas ela ficou apenas em terceiro, terminando na nona colocação geral.
Foto: Takuma Matsushita/ Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
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