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Lei que proíbe transgênero de praticar esportes preocupa EUA sobre a candidatura de Salt Lake City para os Jogos de 2030


O estado de Utah anunciou uma lei que proibirá meninas transgênero de praticar esportes escolares e apesar de não afetar a candidatura de Salt Lake City para receber futuramente os Jogos Olímpicos de Inverno, causa muita preocupação nas autoridades olímpicas dos Estados Unidos.

Diante dessa situação, os líderes do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos se reuniram recentemente para discutir o assunto junto a autoridades de Salt Lake City.

“Acho que este é um grande problema para o movimento olímpico e paraolímpico em geral”, disse a presidente do USOPC Susanne Lyons, durante conversa com repórteres.

A lei de Utah irá entrar em vigor no dia 1 de julho, após ser aprovada pelo legislativo de Utah.

Enquanto os líderes do projeto para que Salt Lake City continuam fazendo lobby para sediar a competição em 2030 ou 2034, as autoridades olímpicas acreditam que essa nova lei não prejudicará as perspectivas de Utah.

“Eu não acho que isso tenha qualquer impacto em nossa oferta”, disse Lyons.

Apesar das afirmações de que essa lei não irá atrapalhar a candidatura de Salt Lake City, isso não quer dizer que o Comitê Olímpico Estados Unidos não esteja preocupado com a situação.

“Está é uma questão muito complexa. Estamos preocupados com uma legislação que tenha uma visão muito em preto e branco de que pessoas podem participar ou não participar e não necessariamente analisa as nuances”, disse Lyons.

Ela acrescentou: “Acreditamos que as pessoas trans têm o direto de procurar viver de uma maneira consistente com sua identidade e expressão de gênero, e isso inclui a participação no esporte, tanto em esporte juvenis quanto em esportes universitários e, com regras e regulamentos corretos no esporte de elite. Mas, ao mesmo tempo, reconhecemos a fragilidade do progresso que as atletas femininas fizeram. Esse tem sido um longo caminho e difícil e precisa ser protegido”.

Lyons disse que o USOPC continuará trabalhando com as federações de forma individual enquanto elaboram suas próprias diretrizes para atletas transgêneros em seus esportes.

Foto: Francisco Kjolseth/  The Salt Lake Tribune

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