O ex-tenista multicampeão, Boris Becker, foi condenado a dois anos e meio de prisão por esconder 2,5 milhões de libras em ativos e empréstimos para evitar pagamento de dívida.
Becker conquistou ao longo de sua carreira seis títulos de Grand Slam e aos 54 anos foi considerado culpado de quatro acusações sob a Lei de Insolvência.
O caso se refere a falência de Becker em junho de 2017, resultante de um empréstimo não pago de mais de 3 milhões de libras referente a sua propriedade de luxo em Mallorca, Espanha.
O ex-tenista foi legalmente obrigado a divulgar todos os seus ativos para que seu administrador pudesse distribuir os fundos disponíveis para seus credores, a quem devia 50 milhões de libras desde quando se declarou falido.
Porém, após cerca de duas semana recolhendo provas, Becker foi considerado culpado pelos jurados do Southwark Crown Court, sob acusações de não divulgar bens e ocultar dívidas.
Outras vinte acusações, incluindo nove acusações de não entregar seus troféus e medalhas, foram a júri e para esses caso Becker foi absolvido.
De acordo com a representa da promotoria Rebecca Chalkley, o júri considerou que o ex-atleta agiu “deliberadamente e desonestamente”.
Becker declarou ao júri que seus ganhos durante sua carreira foram de 38 milhões de libra, foram gasto durante um caro processo de divórcio com sua primeira esposa no ano 2001, pagamentos de pensão alimentícia e “compromissos de estilo de vida caros”, como o aluguel de 22.000 mil libras por mês de uma casa em Wimbledon.
Durante o julgamento também vieram à tona o gosto de Becker por roupas de grife e um alto gasto mensal na mensalidade escolar com seus filhos. O ex-tenista também declarou que após 1999, seus ganhos foram reduzidos de forma drástica.
A acusação contra Becker foi apresentada pelo Serviço de Insolvência em nome do secretário de Estado para Negócios, Energia e Estratégia Industrial Kwasi Kwarteng.
Após a sentença, o chefe-executivo da entidade, Dean Beale, disse: “A sentença de Boris Becker demonstra claramente que ocultar ativos em falência é uma ofensa grave pela qual processaremos e levaremos os infratores à justiça”.
Foto: Adrian Dennis/ AFP
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