Um dos maiores nomes da história do handebol brasileiro, Duda Amorim anunciou sua aposentadoria das quadras no último fim de semana. Com a camisa da seleção principal, foram mais de 15 anos e muitos títulos conquistados.
Duda marcou uma geração vitoriosa, fez parte de grandes momentos do handebol no país e vai deixar saudade por tudo que representou dentro de quadra.
A maior conquista da história do handebol brasileiro passou pelas mãos de Duda Amorim. Foi no inédito título do Mundial de 2013, na Sérvia, que ela brilhou em quadra e se consolidou como uma das grandes estrelas do esporte. Além de levantar o troféu para o Brasil, Duda também foi eleita a melhor jogadora da competição.
"Para mim todos foram especiais, o Mundial foi inesquecível. Jogar lá na Sérvia, com um público de 22 mil pessoas contra. Para o Brasil e para as atletas foi um marco, uma grande mudança na questão do respeito. Abriram-se mais janelas para elas jogarem no exterior, isso elevou o handebol brasileiro a um outro patamar", lembrou ela, que no ano seguinte ainda foi eleita a melhora jogadora do mundo em votação promovida pela Federação Internacional de Handebol.
Os Jogos Olímpicos também são parte importante da carreira de Duda. Foram quatro participações, entre elas o quinto lugar na Rio 2016, melhor colocação da história do handebol feminino. Ela ainda esteve nas edições de Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020. Para a agora ex-jogadora, porém, poder atuar em casa foi especial.
"Claro que as participações nos quatro Jogos Olímpicos, todo atleta sonha em estar lá. Eu consegui ir quatro vezes. Foi a única medalha que faltou na minha carreira, mas vejo todo esse período com muito orgulho. Sempre tentamos ter um resultado legal. No Rio a gente ficou mais próximo, em quinto lugar. Foi muito especial jogar em casa, mas foi triste perder. Foi muito bom jogar na frente do público brasileiro, ter os pais na arquibancada. Vejo toda a história com muito orgulho e me sinto privilegiada de ter vivido tantas experiências boas", falou.
Se a medalha nos Jogos Olímpicos não veio, nos Jogos Pan-americanos a história foi diferente. Duda ajudou o Brasil a conquistar o ouro no Rio 2007, Guadalajara 2011 e Lima 2019.
"O Pan do Rio foi super especial. Eu era muito nova, tinha acabado de entrar na seleção adulta. Foi uma experiência muito marcante. Também pude ir nos desfiles. Não foram todos os desfiles de abertura e encerramento que conseguir ir, e esse foi inesquecível por poder ir", disse ela.
Agora aposentada, Duda seguirá com um papel importante dentro do esporte. Desde 2020 ela faz parte da Comissão de Atletas do COB, função que vê como fundamental para o desenvolvimento de atletas e seleções.
"Queria falar sobre o suporte do COB para eu fazer parte da comissão de atletas, é importante participar, fazer parte da evolução, sugerir melhorias para o esporte. Também é algo que eu tenho muito orgulho. Por muito tempo tivemos apoio de outros patrocinadores, mas o COB foi quem realmente nos deu estrutura para participar nos torneios internacionais", completou ela.
Foto: Gaspar Nobrega/COB
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