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Mudança no critério de qualificação olímpica dos revezamentos causa revolta em atletas da Natação

Revezamento 4x100m medley da Itália conquista o ouro em Budapeste 2022 (Foto: Divulgação/FINA)

A decisão da FINA de condicionar a classificação dos revezamentos na Natação para Paris 2024 à disputa de dois mundiais causou revolta em alguns atletas. Com a divulgação do calendário do Mundial de Esportes Aquáticos de Doha 2024, nesta quinta (30), a federação indicou que as únicas chances de qualificação dos revezamentos serão através dos dois mundiais previstos até os Jogos Olímpicos.

Ficou definido que as equipes medalhistas em cada revezamento no Mundial de Fukuoka, em julho de 2023, garantem as primeiras vagas em Paris. Enquanto as outras 13 equipes seriam as melhores posicionadas no Mundial de Doha, confirmado para 03 a 18 de fevereiro de 2024, a menos de seis meses dos Jogos Olímpicos.

Nas últimas edições olímpicas, dos 16 revezamentos classificados, os 12 primeiros conquistavam qualificação no Mundial que precedia o ano olímpico, enquanto os outros 4 vinham dos melhores tempos alcançados em diversas competições.

Porém, devido a adiamentos causados pela pandemia de Covid-19 e compromissos comerciais, a FINA se viu obrigada a realizar Mundiais em três anos seguidos (Budapeste 2022, Fukuoka 2023 e Doha 2024). Ao mudar a regra da classificação dos revezamentos na Natação, a federação quer garantir a presença de atletas de ponta nas duas próximas edições.

Para os atletas, essa decisão afeta a preparação e pode contribuir para um desempenho inferior no momento mais importante do ciclo, justamente a disputa olímpica. Diante da insatisfação das equipes, a FINA foi intimada a repensar a medida, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.


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