César Cielo é o brasileiro com mais medalhas em Mundiais de Esportes Aquáticos (Foto: AFP) |
No aquecimento para o Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste 2022, que começa nesta sexta (17), o Surto um pouco da história do Brasil na competição. Ocupando a 15ª colocação no quadro geral de medalhas (15 de ouro, 14 de prata e 15 de bronze, totalizando 44), nosso país esteve em todas as edições realizadas.
Já na primeira, em Belgrado 1973, 24 atletas representaram o Brasil na natação e saltos ornamentais, chegando a algumas finais e tendo como melhor resultado o 5º lugar no revezamento 4x100m livre masculino.
A primeira medalha brasileira só viria em Berlim 1978, com o nadador e ator Rômulo Arantes, bronze nos 100m costas.
Até a última edição do Mundial, em Gwangju 2019, o Brasil só conquistou medalhas em dois esportes dos quatro presentes no programa do Mundial: Natação e Maratona Aquática (Águas Abertas).
Vamos relembrar um pouco do desempenho dos brasileiros em cada modalidade através dos anos.
Natação
Na natação, que no Mundial é disputada em piscina olímpica (50m), o Brasil obteve o maior número de suas medalhas (29). Até hoje foram 9 de ouro, 11 de prata e 9 de bronze.
Como vimos acima, a primeira medalha foi de Rômulo Arantes em 1978. Além dele, mais 15 brasileiros voltaram para casa com alguma medalha na história da competição.
Nosso maior medalhista é César Cielo, que também trouxe o primeiro ouro para o Brasil nas piscinas nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Em seis mundiais disputados, "Cesão" garantiu seis ouros e uma prata, totalizando sete medalhas.
O primeiro ouro da história veio com as braçadas de Ricardo Prado, em Guayaquil 1982, nos 400m medley. Depois desta conquista foram necessários 25 anos para subirmos novamente ao topo do pódio com o ouro de Cielo nos 50m livre em Roma 2009.
A primeira e única medalhista entre as mulheres é Etiene Medeiros, com o ouro nos 50m costas em Budapeste 2017. Ela também tem uma prata na mesma prova em Gwangju 2019.
Nossos medalhistas nos Jogos Olímpicos também tiveram conquistas nos Mundiais, tais como Gustavo Borges (2 bronzes), Fernando Scherer (1 bronze), Thiago Pereira (1 prata e 2 bronzes) e Bruno Fratus (2 pratas e 1 bronze).
Maratona Aquática (Águas Abertas)
Passando para a Maratona Aquática, temos a rainha Ana Marcela Cunha, maior medalhista entre as mulheres da modalidade no Mundial de Esportes Aquáticos no atual modelo. Ela já é dona de cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes, entre 2011 e 2019, totalizando 11 medalhas. Isso também faz de Ana Marcela a maior medalhista brasileira em Mundiais de Esportes Aquáticos.
No quadro geral, o Brasil já conquistou seis ouros, três pratas e seis bronzes, em provas individuais e coletivas.
Poliana Okimoto contribuiu maciçamente para o bom desempenho do Brasil na modalidade, com quatro medalhas, uma de ouro, uma de prata e duas de bronze.
No masculino, Allan do Carmo tem uma prata e um bronze; Diogo Vilarinho uma prata; e Samuel de Bona, um bronze.
Ana Marcela em etapa da Copa do Mundo de Maratona Aquática (Foto: Divulgação/COB) |
Saltos Ornamentais
Quatro brasileiros estiveram na primeira edição do Mundial de Esportes Aquáticos nos Saltos Ornamentais: Júlio César Veloso, Paulo Costa, Silvana Braga e Milton Machado. Este último, obteve o melhor desempenho com o 10º lugar na plataforma de 10m, caindo na fase preliminar.
A primeira final com brasileiros só veio em 2001, no Mundial de Fukuoka. Juliana Veloso ficou em 10º na plataforma de 10m. Já, o melhor resultado entre brasileiros na modalidade continua com César Castro, com um 5º lugar no trampolim de 3m conquistado em Roma 2009.
No último Mundial, Gwangju 2019, o Brasil conquistou o maior número de finais em uma única edição, quatro.
César Castro conquistou o melhor resultado de um brasileiro nos Saltos Ornamentais em Roma 2009 (Foto: Divulgação/CBDA) |
Nado Artístico
Pelo Nado Artístico, a primeira participação brasileira aconteceu em Guayaquil 1982. Paula Carvalho, Tessa Carvalho, Ana Santos, Vivian Silva, Erica Rocha, Luciane Serra, Mônica Fortuna e Maria Reis participaram das preliminares na categoria solo. Nesta edição, o Brasil também estreou em duetos (11ª) e equipes (10ª).
A primeira final veio em Perth 1998, quando a equipe brasileira ficou em 11º lugar. Contudo, os melhores resultados da história foram conquistados por Renan Souza e Giovana Stephan, no dueto misto, tanto em Budapeste 2017 quanto em Gwangju 2019.
Polo Aquático
O Brasil participou pela primeira vez no Polo Aquático, com a equipe masculina, no Mundial de Madri 1986. Na ocasião, o time foi eliminado na primeira fase, com duas derrotas e um empate, finalizando a competição em 12º.
Logo depois, em Perth 1991, o time feminino fez sua estreia com um 8º lugar. Esta foi a melhor posição alcançada pelo Time Brasil na competição.
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