O Pan-Americano juvenil de ginástica rítmica acabou no último domingo (13) e teve como grande destaque, a atuação do conjunto brasileiro, que venceu todos as competições que disputou: o geral, as cordas e as bolas.
As apresentações foram muito boas e levantaram o público em todos os dias de competição, mas não foi só isso que tornou a equipe, a grande campeã do torneio.
Lavínia Silvério, Isadora Bedushi, Fernanda Heinemann, Laura Gamboa e Yumi Moriyama passaram três meses longe de casa, afastada de pais e amigos, por como elas mesmo disseram, um propósito. O objetivo era o Pan e o desafio era grande.
Por isso, Juliana Coradine, técnica do conjunto, implementou a filosofia "o processo dói, mas o resultado é a cura."
O que é essa filosofia?
Conjunto brasileiro nas cordas (Foto: Ricardo Bufolin/CBG) |
Segundo a própria treinadora, a mentalidade foi implementada devido o curto tempo entre o início dos treinamentos e a competição, apenas três meses.
"No começo, elas sentiram um pouquinho a diferença, porque é diferente você treinar dentro do clube e dentro de uma seleção brasileira, que a carga horária dobra né? Treinar de manhã e de tarde são muitas repetições, mas desde o primeiro dia até hoje antes de entrar na quadra, eu expliquei para elas que a gente consegue.", disse ela em entrevista ao Surto.
A equipe conta com atletas adolescentes, sendo formada por atletas entre 13 e 15 anos, em uma idade na qual ocorrem muitas diferenças de humor e personalidades bem diferentes.
Juliana então explicou que no começo foi difícil, mas aprendeu a lidar com as dificuldades e conseguiu juntar a equipe.
"Eu fui aprendendo como lidar, algumas eu percebi que eu tinha que chamar mais para perto algumas eu já dar uma acordada assim numa palavra mais firme e ela já entendia. Durante o treino a gente vê que tem uma situação mais sensível, tem uns que são mais firmes. Tem umas que às vezes são mais lentas no processo, mas a gente conseguiu juntar isso daí e esse objetivo primeiro foi alcançado agora", comentou a técnica.
O que pensam as atletas?
Após os três ouros, as atletas faziam questão de deixar claro que elas estavam satisfeitas com o que fizeram e que valeu a pena todo o processo.
"No final, tudo vale a pena, porque foi para isso e é para isso que a gente treina, porque a gente tem um propósito", disse uma das atletas.
"A gente faz de tudo pelo objetivo. Ficar longe dos pais por três meses tem um propósito, a gente trabalhou para isso e se uniu para isso. Chegamos e falamos, vamos que dá e a gente foi, se abraçou e juntas, completamos umas às outras como uma equipe".
Os próximos passos da equipe são o Sul-Americano em outubro, na Colômbia e o Mundial, em 2023.
Foto; Ricardo Bufolin/CBG
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