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FINA confirma Mundial de Esportes Aquáticos a menos de seis meses dos Jogos Olímpicos e revolta atletas

Revezamento do Brasil no Mundial de Budapeste 2022 (Foto: Divulgação/COB)

A FINA confirmou o calendário do Mundial de Esportes Aquáticos de Doha 2024, nesta terça (12). A entidade cravou a realização do evento entre os dias 02 e 18 e fevereiro do ano olímpico. A competição reúne os campeonatos mundiais de Natação, Polo Aquático, Nado Artístico e Maratona Aquática.

Desta maneira, as duas mais importantes competições de esportes aquáticos acontecerão com menos de seis meses de diferença, o que vem causando revolta entre os atletas, visto que a federação internacional pretende destinar vagas aos Jogos Olímpicos em dois mundiais consecutivos Fukuoka 2023 e Doha 2024.

Polêmica principalmente entre os revezamentos

No Mundial de Budapeste, há poucas semanas, a federação indicou que as únicas chances de qualificação dos revezamentos serão através dos dois mundiais previstos até os Jogos Olímpicos.

Ficou definido que as equipes medalhistas em cada revezamento no Mundial de Fukuoka, em julho de 2023, garantem as primeiras vagas em Paris. Enquanto as outras 13 equipes seriam as melhores posicionadas no Mundial de Doha, confirmado para 03 a 18 de fevereiro de 2024, a menos de seis meses dos Jogos Olímpicos.

Nas últimas edições olímpicas, dos 16 revezamentos classificados, os 12 primeiros conquistavam qualificação no Mundial que precedia o ano olímpico, enquanto os outros 4 vinham dos melhores tempos alcançados em diversas competições.

Porém, devido a adiamentos causados pela pandemia de Covid-19 e compromissos comerciais, a FINA se viu obrigada a realizar Mundiais em três anos seguidos (Budapeste 2022, Fukuoka 2023 e Doha 2024). Ao mudar a regra da classificação dos revezamentos na Natação, a federação quer garantir a presença de atletas de ponta nas duas próximas edições.

Para os atletas, essa decisão afeta a preparação e pode contribuir para um desempenho inferior no momento mais importante do ciclo, justamente a disputa olímpica. Diante da insatisfação das equipes, a FINA foi intimada a repensar a medida, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.

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