11 de agosto de 2012 é uma data importante pra o vôlei brasileiro, com o bicampeonato olímpico do Brasil, derrotando os Estados Unidos na decisão do torneio olímpico de Londres, se tornando a primeira equipe brasileira a se tornar bicampeã olímpica consecutiva.
Mas o bi não foi fácil. Aos trancos e barrancos, a seleção comandada por Zé Roberto Guimarães por pouco não passou da primeira fase. Venceu a Sérvia por 3 sets a 0 na última rodada e só avançou graças ao Estados unidos, que venceu a Turquia e fez as brasileiras passarem em quarto lugar.
Nas quartas de final, Brasil fez um jogo que entrou para história do Vôlei contra a Rússia, vencendo por 3 sets a 2 e salvando 8 matchs points. A vitória mudou a seleção de patamar, que atropelou o Japão na semifinal e pegou os Estados Unidos na grande decisão.
Na primeira fase, as duas seleções estavam no mesmo grupo e as estadunidenses venceram fácil por 3 sets a 1 e as comandadas de Hugh McCutcheon ansiavam pela revanche de Pequim 2008 e teriam a chance agora em Londres, enfrentando uma seleção brasileira enfraquecida.
Mas a alegria dos Estados unidos só durou um (arrasador) set, vencido pelas estadunidenses por 25 a 11. Nos setes seguintes, só deu Brasil que venceu o jogo com parciais de 25/20, 25/17 e 25/20, faturando o bi olímpico. Jaqueline foi a maior pontuadora com 18 pontos, seguida por Sheilla com 15 e Fabiana com 14 -7 pontos de bloqueio. Pelos Estados Unidos, Logan Tom e Destine Hoooker foram as principais pontuadoras com 14 pontos cada.
E que os jogadores presentes naquela final estão fazendo 10 anos depois? Muitas ainda jogam, outros encerraram a carreira e outros ficamos sem informação do que está fazendo atualmente (se você souber, pode nos ajudar a completar). Confira abaixo:
Brasil
1- Fabiana: Capitã da seleção em Londres, a meio de rede jogou a Olimpíada do Rio de Janeiro e se aposentou da seleção em 2020. Ela tirou um período sabático para ser mãe em 2020 e voltou a jogar vôlei após a olimpíada de Tóquio em 2021. Atualmente, ela joga no Osasco e se prepara para a temporada 22/23 da Superliga, além de trabalhar com agenciamento de atletas de vôlei
3- Dani Lins: Levantadora titular do Brasil em Londres, Dani Lins também esteve nos Jogos olímpicos do Rio de Janeiro, e esteve na luta para ir para os jogos de Tóquio, mas foi preterida por Macris e Roberta. Ela atualmente joga no Sesi Bauru e também se prepara para a nova temporada da Superliga
4- Paula Pequeno: Ao contrário de Pequim, onde era titular absoluta, Paula perdeu sua titularidade para Fê Garay e nos Jogos Olímpicos era reserva da seleção, sendo acionada ocasionalmente. Após a Olimpíada, ela continuou no vôlei de clubes até a temporada 2018/19, onde resolveu migrar para o vôlei de praia com a campeã olímpica Mari após período sabático. A dupla se separou, e Paula tentou continuar na modalidade, mas uma lesão a retirou das areias. Atualmente, Paula é palestrante, empresária e joga beach tênis.
5- Adenízia: A Central foi mais uma estar presente nos jogos do Rio de Janeiro e no ciclo seguinte participou de algumas competições e quase foi para os Jogos de Tóquio, ficando de fora da Olimpíada após a Liga das Nações daquele ano. Atualmente Adenízia joga no Osasco.
6- Thaísa: Central titular em Londres, Thaisa disputou a olimpíada do Rio de Janeiro e só não foi para a Olimpíada de Tóquio porque pediu dispensa da seleção, alegando que não tem mais condições de forçar tanto o seu joelho, que sofreu grave lesão durante o último ciclo. Atualmente, Thaisa joga no Minas Tênis Clube e também atua como palestrante.
8- Jaqueline: Uma das craques daquele time de Londres, Jaque esteve na Olimpíada do Rio de Janeiro e anunciou sua aposentadoria da seleção em 2018. Seu último clube foi o Osasco na temporada 20/21 e desde então, tem se dedicado aos trabalhos de modelo e influencer digital, fazendo vídeos bem-humorados sozinha ou ao lado do marido e jogador Murilo Endres. Atualmente, ela não tem previsão de voltar a jogar vôlei, mas não se aposentou oficialmente das quadras.
9- Fernandinha: Levantadora reserva, Fernandinha não foi mais lembrada em convocações seguintes ao ouro e atuou em clubes até 2015, quando anunciou sua aposentadoria. Ela voltou brevemente em 2017, mas encerrou a carreira definitivamente depois. Atualmente, ela é técnica de vôlei em categorias de base nos Estados Unidos.
11- Tandara: Reserva em Londres, Tandara ganhou rapidamente a titularidade nos anos seguintes devido a potência de sua cortada. Ela se tornou uma das principais jogadoras nos jogos do Rio de Janeiro e na olimpíada de Tóquio, até ser pega em um exame antidoping e suspensa durante os Jogos, tendo que se retirar antes das semifinais. Ela foi suspensa do vôlei por quatro anos e atualmente tenta sua candidatura a deputada federal nas eleições de 2022.
12- Natália: Jovem talento da seleção na época, Natália foi outra jogadora que assumiu a titularidade nos anos seguintes, sendo um dos pilares da equipe de Zé Roberto Guimarães nos Jogos do Rio de Janeiro e em Tóquio, onde foi medalha de prata. Em 2022, Natália anunciou sua aposentadoria da seleção, alegando cansaço e problemas pessoais. Ela atualmente joga no Dínamo Moscou da Rússia
13- Sheilla: Um dos grandes do Brasil em Londres, Sheilla continuou com uma das protagonistas do Brasil até os Jogos do Rio de Janeiro. Após período sabático para se tornar mãe, Sheilla voltou às quadras e tentou ir para os Jogos olímpicos de Tóquio, mas acabou sendo preterida por Zé Roberto Guimarães após a Liga das Nações de 2021. Recentemente, Sheilla anunciou sua aposentadoria das quadras, com jogo de despedida para 19 de agosto.
14- Fabi: Líbero da seleção e considerada uma das melhores da história, Fabi Alvim se aposentou da seleção em 2014 e jogou no Unilever/Rio de Janeiro até 2018, quando encerrou sua carreira. Atualmente ela é comentarista de vôlei e apresentadora do programa 'Ça Va Paris' no Canal SporTV
16- Fê Garay: Após a titularidade em Londres, Fernanda Garay virou uma das principais jogadoras da seleção brasileira. Disputou a olimpíada do Rio de Janeiro e em Tóquio, fez parte da seleção que foi medalha de prata. Após a olimpíada, anunciou um período sabático para tentar ser mãe.
Estados Unidos
2- Danielle Scott: A central americana, fez sua despedida da seleção dos Estados Unidos nessa final, aos 40 anos. Casada com um brasileiro na época, Danielle jogou no Brasil até 2014, quando encerrou sua carreira. Em 2018, já divorciada e morando nos Estados Unidos, passou por uma tragédia quando ao tentar defender sua irmã, foi esfaqueada pelo seu cunhado. Sua irmã faleceu, mas ela se recuperou e iniciou sua carreira de técnica. Atualmente, além de treinadora, Dani Scott é palestrante e escritora.
3- Tayyiba Haneef-Park: Outra jogadora que fez sua despedida da seleção em Londres foi Haneef-Park. Mas ao contrário de Dani Scott, Tayyiba anunciou sua aposentadoria do vôlei ali mesmo. Atualmente, ela é assistente técnica do time de vôlei da universidade de Oregon
4-Lindsey Berg: Levantadora daquele time, Berg foi outra que se encerrou seu ciclo em Londres. Ela jogou até 2013 no Fenerbahce e após encerrar a carreira, trabalhou como auxiliar técnica da universidade do Havaí até 2017, última informação sobre seu paradeiro.
5- Tamari Miyashiro: A líbero Miyashiro foi mais uma jogadora que se despediu da seleção em 2012 e jogou profissionalmente até 2016. Depois, se tornou assistente técnica da seleção feminina dos Estados Unidos, cargo que exerce até hoje. Na temporada 202/21 da Athletes Unlimited Pro League, ela foi uma das treinadoras.
6- Nicole Davis: A outra líbero daquela seleção, Davis continuou no time e foi recompensada, fazendo parte da equipe que foi campeã mundial em 2014. Ela jogou até a temporada 2015 e atualmente trabalha como coach mental nos Estados Unidos.
10-Jordan Larson: Já uma das principais jogadoras do ataque estadunidense em Londres, mas pouco acionada na decisão, Larson aumentou seu protagonismo na seleção ao passar dos anos, sendo campeã mundial em 2014, bronze na olimpíada do Rio de Janeiro e ouro em Tóquio - onde foi eleita a MVP da competição. Após a temporada 2021/22, encerrou a carreira e agora ela é assistente técnica da Universidade do Texas
11-Megan Hodge: Outro nome que se manteve presente na seleção dos Estados Unidos após Londres, apesar de ter ficado de fora do grupo que foi campeão mundial em 2014. A copa do mundo de 2015 foi sua última aparição na seleção e ela continuou rodando pelo mundo, sendo o último clube que ela atuou foi no Brasil, no Minas Tênis Clube na temporada 2020/21
13-Christa Harmotto: A central esteve presente na seleção dos Estados unidos até a Olimpíada de 2016, quando era capitã da equipe. E em 2017, encerrou a carreira no Fenerbahce e depois passou a fazer caridade nos Estados Unidos.
15- Logan Tom: Uma das principais jogadoras da equipe em Londres, Logan Tom se despediu da seleção em Londres e continuou a rodar pelo mundo jogando vôlei. Encerrou a carreira em Israel em 2020 e em 2021 assumiu o comando da seleção feminina do país.
16-Foluke Akinradewo: A central foi outra jogadora que continuou sendo constantemente chamada na seleção e ao lado de Larson, foram as únicas jogadoras que estiveram na final de Londres sendo campeã olímpica em Tóquio, se vingando do Brasil. Ela continua na ativa e joga no Japão, no Hisamitsu Springs e usa agora o sobrenome do seu marido, Gunderson.
17- Courtney Thompson: A levantadora daquela seleção esteve representando seu país até a Olimpíada de 2016, quando encerrou a carreira logo após a conquista do bronze nos Jogos. Atualmente Courtney é assistente técnica na Universidade de Stanford
19- Destinee Hooker: A oposta e uma das craques daquele time prata em Londres ao lado de Logan Tom, Hooker acabou encerrando seu ciclo na seleção naquela mesma Olimpíada. Ela rodou por muitos países - Brasil incluso, onde virou ídola do Minas- e seu último clube foi em San Juaneras de la Capital, de Porto Rico na Temporada 2020/21.
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