O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz ter recebido garantias de que a escaladora Elnaz Rekabi não irá sofrer represálias do Irã por competir sem hijab.
Rekabi, de 33 anos, usou o hijab, o véu tradicional muçulmano que cobre a cabeça e os ombros, nas primeiras eliminatórias do campeonato asiático de escalada, realizado em Seul (KOR). A iraniana competiu de cabelo solto na final, que aconteceu no último 16, na capital sul-coreana, e onde ficou com a quarta colocação na prova combinada do Boulder e do Lead.
Na quarta-feira (20) ela chegou no Aeroporto de Teerã após ter chegado a ser dada como desaparecida e com temores de que o governo do Irã pudesse ter feito algo com ela.
O porta voz do COI disse que esteve em contato próximo com a Federação Internacional de Escalada Esprotiva (IFSC) e com o Comitê Olímpico do Irã desde que tomou conhecimento da situação de Rekabi e que atualmente ela está sã e salva com a família.
Ainda segundo o porta voz, o COI e a IFSC receberam garantias de que Rekabi não sofrerá represálias e seguirá treinando e competindo normalmente.
O fato de ela não ter competido com o hijab foi visto como uma demonstração de apoio às mulheres iranianas que protestam há um mês contra a obrigatoriedade do uso do hijabe após a morte de Mahsa Amini. De acordo com a ONG Iran Human Rights, com sede na Noruega, 107 iranianas já teriam sido mortas desde o começo dos protestos, sendo elas 23 menores (entre 11 e 17 anos de idade).
Foto: EFE
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