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Surtolista: As medalhas do Brasil nos Mundiais de Ginástica artística

 

REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Desde o início desse século, o Brasil passou de um mero figurante, para ser presença quase que habitual nos pódios dos campeonatos mundiais de ginástica. E na edição de 2022, que começa neste sábado (29) em Liverpool (GBR), as chances são boas de estarmos novamente entre os melhores do mundo. Historicamente, o Brasil tem dezesseis medalhas conquistadas - seis de ouro, seis de prata e quatro de bronze, conquistadas por sete ginastas desde a edição de 2001, quando Daniele Hypólito desbravou o mundo com sua prata no solo.

Confira na surtolista abaixo, que mais tem medalhas em campeonatos mundiais:




Jade Barbosa , dois bronzes 

 Pierre-Philippe Marcou/ AFP

A ginasta de 31 anos era isolada até o mundial de 2021, a ginasta brasileira com mais medalhas em mundiais. Com 16 anos, ela encantou o mundo com uma medalha de bronze no individual geral em 2007 empatada com Vanessa Ferrari da Itália, e atrás apenas de Shawn Johnson dos Estados unidos e Steliana Nistor da Romênia, a primeira medalha do Brasil que não foi no aparelho do solo. 

Em 2010, após se recuperar de uma grave lesão no pulso e ficar quase dois anos fora da seleção, conquistou o bronze no salto, atrás apenas de  Alicia Sacramone dos Estados Unidos e Alya Mustafina na Rússia.

Em atividade, Jade preferiu não disputar o classificatório para o mundial para terminar de se recuperar da grave lesão sofrida ainda em 2019.


Daniele Hypolito, uma prata

Foto: Robyn Beck/AFP


A primeira medalha do Brasil em mundiais de Ginástica foi dela. Com 17 anos, Dani ficou com a medalha de prata no solo no mundial de Gante em 2001, ficando apenas de Andrea Raducan da Romênia e colocou o Brasil no mapa da ginástica artística. No mesmo campeonato,  Dani ficou em quarto no individual geral e por pouco não conquistou sua segunda medalha. Esta acabou sendo a única medalha em mundiais na carreira da atleta, que foi uma das principais ginastas do Brasil nos anos seguintes


Arthur Nory, um ouro

Ricardo Bufolin/CBG


Nory é um dos nomes da lista que podem aumentar sua coleção, já que está presente em Liverpool para a disputa do mundial de 2022. Sua única medalha e mundiais foi logo a de ouro e em um aparelho inédito - a Barra fixa, no mundial de 2019 em Stuttgart, prova que ele terminou em quarto lugar, quatro anos antes, em 2015. 

Nory de 29 anos, foi o primeiro ginasta brasileiro que conquistou uma medalha olímpica antes de uma mundial, ele foi bronze no solo nos jogos do Rio de Janeiro em 2016.


Daiane dos Santos, um ouro

Robyn Beck/AFP


O primeiro título mundial do Brasil na ginástica artística veio dois anos depois da primeira medalha, em Anaheim nos Estados Unidos. Daiane dos Santos encantou o mundo aos 20 anos de idade, vencendo a romena Catalina Ponor e a espanhola Elena Gómez e executando pela primeira o duplo twist carpado, o movimento que foi batizado de 'Dos Santos I' (porque Daiane tem outro movimento, batizado com o seu nome, o Dos Santos II, o duplo twist esticado)

Daiane ainda bateu na trave no mesmo aparelho em 2006, ficando na quarta colocação, a 0.025 pontos de Vanessa Ferrari, que foi bronze.


Rebeca Andrade, um ouro e uma prata

Kim Hyung Hook/Reuters

Outro nome que pode aumentar a coleção e pode aumentar muito, já que rebeca vem como favorita em pelo menos três aparelhos mais o individual geral. Em Kitakyushu 2021, Rebeca, vindo de um ouro e prata olímpica, repetiu a dose no mundial, um ouro no salto e prata nas barras assimétricas, a primeira ginasta brasileira a conquistar duas medalhas em uma mesma edição de mundial.

Se conquistar uma medalha em mundiais, ultrapassa Jade Barbosa como a brasileira como mais medalhas em mundiais. E tem mais recorde que pode ser quebrado pela ginasta: se conquistar três medalhas ou mais, se tornará a ginasta com mais medalhas conquistadas em uma edição de mundial e  também será a maior medalhista brasileira em mundial entre homens e mulheres. E se conquistar uma medalha em outro aparelho, se torna a primeira a ir para pódio em mundiais em mais de três aparelhos Então, olho nela!


Arthur Zanetti, um ouro e três pratas 

Ricardo Bufolin/ CBG


O rei das argolas despontou para o mundo em um mundial de ginástica artística disputado em Tóquio em 2011. Zanetti foi prata, ficando atrás apenas de Chen Ybing, chinês que foi derrotado pelo brasileiro na olimpíada de Londres no ano seguinte.

O título mundial veio em 2013 em Antuérpia e ele conquistou mais duas pratas: Nanning em 2014 e Doha em 2018. Arthur Zanetti é o segundo brasileiro com mais medalhas em um mesmo aparelho e se não fosse por uma virose sofrida no início de outubro, ele estaria com a seleção masculina em busca da sua quinta medalha, para empatar com o primeiro da lista


Diego Hypólito, dois ouros, uma prata e dois bronzes

Foto: AFP


Diego Hypólito foi um dos ginastas brasileiros que mais se sentiu em casa em campeonatos mundiais. Ele tem cinco medalhas, o maior no quesito e todas no mesmo aparelho, o solo. O primeiro título mundial veio em 2005, no mundial de Melbourne, aos 19 anos,  superando o canadense Brandon O'Neill, e o húngaro Robert Gal, prata e bronze, respectivamente e se tornando o primeiro brasileiro campeão mundial na ginástica artística

Em Aarhus 2006, ele foi prata, perdendo para Martin Dragulescu da Romênia, mas em Stuttgart 2007, Diego se recuperou e levou o bi mundial, o único ginasta brasileiro a conquistar tal feito - Diego também é o maior medalhista brasileiro em um mesmo aparelho. Diego ainda conseguiu dois bronzes, na edição de Tóquio em 2011 e em Nanning em 2014



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