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O britânico Cameron Norrie derrotou o brasileiro Thiago Monteiro por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 7/5, na noite da quarta-feira (22), e garantiu um lugar nas quartas de final do Rio Open de Tênis. Na próxima rodada, em data a ser definida, o número 13 do ranking mundial enfrentará o boliviano Hugo Dellien, que venceu o eslovaco Alex Molcan, de virada, por 1/6, 6/2 e 6/2. A rodada desta quinta-feira tem como destaque o jogo entre o espanhol Carlos Alcaraz e o italiano Fabio Fognini, às 19h, na quadra central.
É a segunda vez que o britânico vem ao Brasil e ele superou o resultado de 2019, quando caiu na segunda rodada. Norrie é o tenista com mais vitórias na temporada (15) e acaba de ser vice-campeão em Buenos Aires, no domingo.
A partida foi bem disputada, com pontos longos, e durou 2h30. "Estava mais confortável com as condições, e joguei melhor do que na estreia. Estava muito quente e úmido, e foi meu primeiro jogo à noite, o que é um pouco diferente", disse o britânico, que havia perdido o primeiro jogo que tinha feito com Monteiro, em 2020, no piso duro em Auckland.
Como não joga nesta quinta, Norrie espera chegar ainda melhor para as quartas de final. "Vim direto de Buenos Aires e já joguei no dia seguinte, e hoje. Então vai ser um dia para descansar um pouco. Vou na praia, dar um mergulho e quem sabe isso me ajude na recuperação".
Já Monteiro, que tem como melhor resultado no Rio Open as quartas em 2017, lamentou a derrota. "Foi um jogo duro, cometi alguns erros em momentos decisivos, que acabaram me custando. Ele estava bem sólido, administrou melhor e mereceu o resultado", disse Monteiro, que venceu na primeira rodada o austríaco Dominic Thiem, campeão da edição 2017. "Como sempre o público me deu muita motivação, me passou energia o tempo todo, é uma sensação incrível jogar aqui. Eu tentei dar o meu melhor, mas infelizmente não consegui a vitória".
Bellucci se emociona em homenagem do Rio Open para celebrar sua carreira
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O brasileiro Thomaz Bellucci viveu uma noite especial na quarta-feira, na quadra central do Rio Open, no seu último jogo da carreira, em que foi homenageado pela organização do torneio. Bellucci foi derrotado pelo argentino Sebastian Baez por 6/3 e 6/2, na primeira rodada, e foi aplaudido de pé pelo público que encheu a quadra Guga Kuerten, no Jockey Club Brasileiro.
O segundo melhor jogador na história do tênis masculino brasileiro, atrás apenas de Gustavo Kuerten, recebeu um convite da organização para se despedir da raquete no Rio Open, e, após a partida, recebeu uma placa como reconhecimento por sua carreira das mãos de Ricardo Acioly, diretor de Relações do torneio.
Participaram da cerimônia seus pais, Ildebrando e Maria Regina, sua irmã Beatriz, suas sobrinhas, os ex-treinadores Leonardo Azevedo e João Zwetsch, o duplista Marcelo Melo e o ex-jogador André Sá. O Rio Open fez um vídeo com grandes momentos de Bellucci em quadra e depoimentos de jogadores, ex-jogadores, familiares e amigos, entre eles Gustavo Kuerten e Bia Haddad Maia.
Bellucci se emocionou e chorou ao falar sobre a homenagem. "Sou um grande privilegiado de representar o Brasil, de receber o carinho da torcida por tantos anos. Tudo o que eu vivi no tênis, chegar onde eu nem esperava chegar, eu devo as pessoas que fizeram parte dessa trajetória, treinadores, amigos, não conquistei nada sozinho. Também agradeço meus pais que abriram mão de muita coisa para eu jogar", disse Bellucci.
O canhoto de 35 anos conquistou quatro títulos ATP - Genebra 2015, Gstaad 2012 e 2009, e Santiago 2010 - e alcançou o 21º lugar no ranking mundial. Natural de Tietê, interior de São Paulo, Bellucci viveu 17 anos como profissional, sendo dez deles entre os 100 do mundo.
Foi no ATP 500 carioca, em 2017, que o brasileiro marcou uma de suas grandes vitórias da carreira, superando o japonês Kei Nishikori, na época número 5 do mundo. O melhor resultado no Rio Open foi em 2014, quando alcançou as quartas de final.
Bellucci jogou contra os grandes nomes do tênis. Fez belos jogos com o espanhol Rafael Nadal, destaque para derrota nas quartas de final das Olimpíadas de 2016, num jogo bem equilibrado. Marcou 6/0 no primeiro set em cima do sérvio Novak Djokovic no Masters 1000 de Roma, em 2016, sendo derrotado de virada depois. Venceu o britânico Andy Murray no Masters 1000 de Madrid 2011, e fez dois jogos com o suíço Roger Federer.
Pela Copa Davis, somou 21 vitórias e 15 derrotas em simples. Em 2014, derrotou Pablo Andujar e Roberto Bautista Agut nos confrontos contra a Espanha na Copa Davis, e foi ovacionado pelo público no ginásio do Ibirapuera, pela volta ao grupo mundial.
"Sempre tive muita expectativa em cima de mim, diferente de outros países como Argentina, Estados Unidos e Espanha, que têm muitos jogadores entre os top 100, no Brasil era sempre eu e às vezes outro jogador que aparecia. Era um peso grande. Em muitos momentos foi difícil, era muita responsabilidade, mas acho que aprendi a lidar, e sinto que consegui retribuir", disse o ex-jogador na coletiva de imprensa.
Baez, que venceu Bellucci, enfrentará nesta quinta o peruano Juan Pablo Varillas.
Alves cai para Alcaraz
Outro brasileiro se despediu do torneio na quarta-feira. Mateus Alves, que foi derrotado pelo espanhol Carlos Alcaraz em partida que foi interrompida na noite de terça-feira (21) pelas fortes chuvas na capital carioca.
Número 2 do ranking mundial, Alcaraz ganhou do brasileiro por um duplo 6-4 após 165 minutos de jogo. Na próxima rodada, vai encarar o italiano Fabio Fognini.
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